Depois do carnaval Fora Temer, lutar em defesa dos direitos

 O carnaval de 2017 já tem lugar garantido na história política e cultural de nosso país: o grande grito que […]

 O carnaval de 2017 já tem lugar garantido na história política e cultural de nosso país: o grande grito que animou os foliões, de norte a sul, foi o Fora Temer, entoado em palcos de artistas consagrados e por multidões anônimas.

A outra grande marca deste carnaval foi a denúncia da violência contra a mulher e a luta para detê-la. Nesse sentido merece destaque especial a campanha “Respeita as Mina” levada às ruas pela Secretaria de Política para Mulheres da Bahia.

O carnaval é um fenômeno cultural de massas – sempre foi. E também sempre foi irreverente e, nesta condição nunca deixou de exprimir o espírito irredento e mordaz dos brasileiros. É uma festa cultural que, quando o povo é desafiado, tem também um caráter político inegável.

O que aconteceu este ano foi uma prévia da luta popular que vai se aprofundar e crescer a partir deste mês de março. Disposição que revela o ímpeto popular para derrotar a tentativa de retrocesso social, político e democrático posta em curso pela direita desde o golpe de 2016.

A luta crescerá e as ruas serão outra vez ocupadas por manifestações populares e democráticas e contra o golpe, marcadas para o Dia Internacional da Mulher, 8 de março, e o Dia de Mobilização Nacional dos trabalhadores, 15 de março. Uma amostra do que será essa luta foi vista no carnaval. Primeiro, a luta pelo fim da violência contra as mulheres, tarefa que cabe a todos que estão empenhados na conquista de níveis civilizatórios mais altos.

Depois, a luta pelos direitos do povo e dos trabalhadores, contra a ameaça representada pela draconiana reforma da Previdência dos golpistas, que impedirá toda aposentadoria. Em seguida a reforma trabalhista, que pretende acabar com a CLT e eliminar direitos sociais e trabalhistas conquistados depois de décadas de lutas intensas.

No dia 8 de março, nas mobilizações que acontecerão entre 7 e 14 de março e no dia 15 de março, quando ocorrerá a grande manifestação unitária das centrais sindicais contra o fim da aposentadoria e por nenhum direito a menos. As ruas serão ocupadas outra vez e o clamor por Fora Temer se levantará de novo em todas as cidades brasileiras.

Todos às ruas em defesa dos trabalhadores, das mulheres, do Brasil e da democracia! Fora Temer!