A Aliança Bolivariana para as Américas (Alba) instalou, formalmente, seu Conselho de Compensação Econômica, nesta terça-feira (04). A medida coloca o oranismo em uma patamar superior de cooperação e abre a possibilidade de uma zona financeira comum.
O comandante das Forças Armadas da Colômbia, general Freddy Padilla de León, informou nesta terça-feira que – nem três, nem cinco – sete é o número de bases colombianas que serão usadas pelos militares norte-americanos, caso Bogotá e Washington alcancem o acordo bilateral sobre o tema.
O Centro Brasileiro de Solidariedade aos Povos e Luta pela Paz (Cebrapaz) divulgou, nesta terça-feira (04), seu repúdio à escalada militar dos Estados Unidos na Colômbia. Em nota assinada pela sua presidente, Socorro Gomes, a entidade pronunciou-se de maneira contuindente contra a instalação de bases militares norte-americanas no país latino.
O acordo para a instalação de bases norte-americanas na Colômbia deve ser visto dentro do contexto mais amplo de fenômenos que ocorrem no mundo e na região. As mudanças obtidas com a eleição de governos populares – que se voltaram à integração regional -, a visível perda de influência dos EUA no continente, a crise mundial e o surgimento de novos pólos de poder têm relação direta com as investidas estadunidenses na região. Os movimentos sociais e setores avançados da sociedade brasileira precisam estar atentos para mais essa agressão por parte do imperialismo.
Por Rubens Diniz*
Completou-se um mês do golpe de Estado em Honduras e, como em toda ditadura, se mantém o Estado de Sítio, as garantias individuais existem só no papel e os poderes Legislativo e Judiciário são um apêndice do regime de fato. Os hondurenhos, assim como a quase totalidade dos povos latinoamericanos, já viveram essa realidade antes e a rechaçam.
Por Frida Modak*, em Alai
As autoridades da Venezuela assumiram, nesta segunda-feira (03), o controle temporário de duas das maiores processadoras de café do país, a Fama de América e a Café Madrid. O governo afirmou que a ação visa a garantir o abastecimento do produto em todo o território nacional. E comunicou que será feita uma ''auditoria profunda'' nas empresas, a fim de constatar se há irregularidades, como a extração ou comercialização ilegal do café.
O presidente da Colômbia, Alvaro Uribe, iniciou nesta terça-feira (04) uma viagem a países da União de Nações Sul-Americanas (Unasul), em uma ofensiva diplomática para acalmar a preocupação dos vizinhos com ampliação da presença militar norte-americana em tertritório colombiano. O primeiro encontro será com o governante do peru, Alan Garcia. Na quinta (06), é a vez do presidente Luiz Inácio Lula da Silva recebê-lo em Brasília.
Com novo acordo firmado com o Brasil, governo paraguaio pretende investir recursos para criar a infra-estrutura básica para o desenvolvimento do país, com a criação de empregos e investimentos em infra-estrutura, educação, saúde e reforma agrária, entre outros programas.
Na Colômbia, as bases militares norteamericanas sempre tiveram uma finalidade muito clara, que pouco tem a ver com a tergiversação oficial da sua razão, a do combate ao narcotráfico. A militarização constitui o primeiro estágio sobre o qual se monta o processo de colonização da região pelos EUA, que seria complementada com uma plataforma econômica.
Por: Allan G. Greenberg, no Rebelión
Em meio ao mal-estar diplomático instalado na região, os presidentes da Venezuela, Hugo Chávez, e do Equador, Rafael Correa, subiram o tom das críticas ao governo colombiano de Álvaro Uribe, afirmando que toda a América do Sul estará ameaçada caso o aumento da presença militar americana na Colômbia se concretize. Brasil e Bolívia também demonstraram preocupação com o assunto, que será tema central da reunião da Unasul, a partir do dia 10 de agosto em Quito, no Equador.
O presidente da Bolívia, Evo Morales, autorizou neste domingo, por meio de decreto, a realização de referendos para que os municípios definam se querem se transformar em autonomias indígenas. Para o presidente, as autonomias permitirão mais igualdade, dignidade, soberania e justiça social a um setor historicamente explorado. Ele defendeu ainda a importância de os povos originários conquistarem uma "liberdade econômica".
Estamos longe de 1979 e cada vez mais próximos das determinações de Sandino. Ter a história nas mãos deixou de ser uma promessa do universo poético de Victor Jara. O presidente Ortega e as demais lideranças populares eleitas democraticamente no continente sabem disso.
Por Gilson Caroni Filho