A mídia demotucana é bastante seletiva no seu gosto por Comissões Parlamentares de Inquérito. Contra o ex-presidente Lula, ela apoiou todas as CPIs e ainda pautou a oposição de direita na sua onda denuncista. Já contra os governos tucanos de São Paulo, ela nunca repercutiu os quase cem pedidos de investigação engavetados pela Assembléia Legislativa.
Por Altamiro Borges
A Defensoria Pública da Bahia visitou na prisão, nesta quarta-feira (23), o jovem Paulo Sérgio Silva Sousa, 18, que ficou conhecido após ser alvo de chacota e ser chamado de “estuprador” durante entrevista feita pela jornalista Mirella Cunha.
A mídia demo-tucana é viva, há que reconhecer. Está tendo algum sucesso em confundir o público para livrar a cara dos dois principais envolvidos no esquema de Carlinhos Cachoeira
Por Eduardo Guimarães, no blog da Cidadania
Desde o começo desta semana, o vídeo da “entrevista” feita pela “jornalista” Mirella Cunha, em que ela escracha um jovem negro acusado de ter assaltado e estuprado uma mulher na Bahia, vem repercutindo negativamente na internet, na imprensa alternativa e em blogs. Nesta quarta-feira (23), a Federação Nacional dos Jornalistas (Fenaj) divulgou uma nota de repúdio à produção e exibição do conteúdo.
A possibilidade de convocação de jornalistas e/ou empresários de mídia para depor na CPMI do Cachoeira provocou uma unânime reação contrária da grande mídia brasileira. O argumento principal é de que jornalistas e/ou empresários de mídia não poderiam se submeter ao constrangimento de serem questionados publicamente por deputados e senadores.
Nas últimas semanas, a sociedade brasileira tem discutido a importância de abrir os arquivos da ditadura para conhecermos a “verdade”. É uma ótima iniciativa que já chega tarde. Tenho dúvidas se algum dia teremos acesso a essa tal “verdade”, mas revelar os segredos contidos nesses arquivos será certamente útil para conhecer um pouco mais da nossa história recente. Para revelar quem nós somos.
Por Antonio Brasil*
Na quarta-feira (23), o jornal O Estado de S. Paulo coloca à disposição do público o conteúdo digitalizado de seus 137 anos de história. Um dos destaques da reportagem que anuncia o lançamento são artigos sobre a abolição da escravatura, ocorrida em 13 de maio de 1888 e comentada na edição publicada dois dias depois.
Por Luciano Martins Costa*
A internet acaba de fazer mais uma vítima. Ou melhor, acaba de fazer mais uma vez justiça. Desta vez, a rede teve que entrar em ação para colocar no seu devido lugar a repórter Mirella Cunha, da TV Bandeirantes da Bahia. O motivo foi um vídeo em que Mirella aparece humilhando um jovem negro suspeito de roubo e tentativa de estupro.
Desde que a revista Veja adotou como objetivo a derrubada do presidente Lula e posteriormente de sua sucessora, Dilma Rousseff, a publicação semanal da editora Abril passou a cumprir trajetória declinante, expressa em um tom que oscila do ridículo ao grotesco, passando pelo engodo, sem prescindir da violência.
Por Jilmar Tatto*
O cineasta brasileiro Nelson Pereira dos Santos, de 84 anos, foi aplaudido nesta terça-feira (22) de pé pela plateia após a exibição do filme, dirigido por ele, A Música Segundo Tom Jobim, no Festival de Cannes, na França. A homenagem a Santos ocorreu no momento em que o Brasil foi escolhido pela direção do festival como convidado de honra desta edição. O filme foi feito em parceria com Dora Jobim, neta de Tom.
O baronato das comunicações anda tenso, preocupado. É fácil de perceber um certo nervosismo apenas folheando as revistas e os jornalões, pelo que dizem e pelos grandes espaços de silêncio.
Por Roberto Amaral, em Carta Capital
A que ponto chegaremos, nós, profissionais de mídia? Não demorará muito e teremos execuções ao vivo em cadeia de rádio, TV, internet, no PC, notebook ou mobile, como chamam os mais modernos. Não haverá mais como chamar a atenção. Tudo em nome da audiência?
Por Deborah Moreira