Durante a ditadura militar, Paulinho da Viola venceu o V Festival de MPB da TV Record em 1969, graças à “Sinal Fechado”, que daria título ao único álbum de intérprete de Chico Buarque no ano de 1974, quando o regime censurou todas as músicas do autor de “Vai assar”.
Com o envio da proposta de Reforma da Previdência ao Congresso, o governo Bolsonaro rasgou a fantasia e escancarou para o país seu verdadeiro caráter: um governo dos ricos e para os ricos.
Por Orlando Silva*
As centrais sindicais reunidas divulgaram nota em que criticaram a proposta de emenda à Constituição enviada ao Congresso Nacional pelo governo Bolsonaro na última quarta-feira (20). A proposta introduz profundas alterações no sistema previdenciário de aposentadorias, pensões e outros benefícios. Institui idade mínima para aposentadoria e define também regras de transição para trabalhadores celetistas e servidores públicos. Além de propor novo regime de capitalização.
Gosto de recontar episódios de infância. Quem não? Peço ao leitor licença para me dedicar a isso hoje. Bem sei que pode parecer irresponsabilidade, no meio de uma crise nacional, voltar-se para assunto tão trivial. Mas, convenhamos, nem só de economia ou política vivemos, mesmo nós, economistas.
Por Paulo Nogueira Batista Jr.*
O controle sobre as próprias fronteiras é o primeiro pressuposto para o exercício da soberania de qualquer país. Quanto à decisão do governo venezuelano de fechar temporariamente a fronteira com o Brasil, é importante assinalar alguns pontos.
Por Igor Fuser*
Na primeira tentativa do governo Bolsonaro de jogar papel efetivo no cenário internacional, o Ministério das Relações Exteriores fracassou. A diplomacia brasileira tentou fazer contatos nos últimos dias para sondar a disposição de China, Rússia e Turquia de romper com o regime de Nicolás Maduro e reconhecer o golpista Juan Guaidó como presidente encarregado da Venezuela. Esnobado – o que era previsível –, o Itamaraty desistiu da pretensiosa tentativa de mudar a postura dos três países.
O Palácio do Planalto terá trabalho para aprovar a reforma da Previdência na Câmara dos Deputados. Nos bastidores, assessores do governo reconhecem que a Proposta de Emenda Constitucional (PEC) com as novas regras não tem nem cem votos sequer consolidados hoje. Como são necessários 308 votos favoráveis, a meta da gestão Jair Bolsonaro (PSL), segundo o jornal Valor Econômico, é conquistar o apoio de 360 parlamentares antes de pôr o texto para votação no plenário da Câmara.
O governo federal está cumprindo suas promessas de destruir os direitos e as conquistas históricas da classe trabalhadora. O ministro da Economia, Paulo Guedes, por exemplo, defende que na reforma governista da Previdência haja a inclusão de uma nova opção de regime trabalhista para os jovens que ingressarem no mercado de trabalho.
Os números finais do governo Michel Temer, encerrado 31 de dezembro, comprovam que o golpe de 2016 contra a presidenta Dilma Rousseff não deu fim à crise econômica do País. Conforma a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad), divulgada nesta sexta-feira (22) pelo IBGE, o desemprego no Brasil, ao final de 2018, foi o maior dos últimos sete anos em 13 capitais e em sete estados. A taxa também avançou em oito regiões metropolitanas.
Prestes a completar um ano, a execução da vereadora carioca Marielle Franco (PSOL) e de seu motorista, Anderson Gomes, continua sem respostas. Nesta quinta-feira (21), uma operação da Polícia Federal pôs sob dúvida a principal linha de investigação da Polícia Civil. Depois de cumprir oito mandados de busca e apreensão, a PF acredita que houve obstrução das investigações do crime. A operação também evidencia outra hipótese para o homicídio, envolvendo políticos da Assembleia Legislativa.
Nesta semana, em meio à sucessão de escândalos e à apresentação de uma reforma da Previdência visando submeter as parcelas pobres da população a um regime ainda mais brutal de espoliação no trabalho e sujeição, o sr. Bolsonaro conseguiu encontrar tempo para comentar um filme.
Por Vladimir Safatle, na Folha de S.Paulo
Fã de transmissões na internet, Jair Bolsonaro despontou em um vídeo em 17 de outubro, eleição a mil, com palavras surpreendentes para o dono do lema “Deus acima de todos”. A Igreja Católica, disse, possui uma “parte podre”, como a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) e o Conselho Indigenista Missionário (Cimi).
Por André Barrocal, na CartaCapital