Em larga medida, a crise atual é também fruto da estupidez de todos os governantes, de todos os partidos, que investiram primordialmente em rodovias em um País de dimensões continentais, uma opção que não teve um centímetro de “técnica” e que atendeu apenas aos interesses das montadoras e das empreiteiras.
Por Marcos Rolim
A presidenta legitimamente eleita por mais de 54 milhões de votos, Dilma Rousseff (PT), desmentiu os golpistas e disse que é mentira o discurso de que a Petrobras estava falida. Ela criticou a variação diária dos preços dos combustíveis, o que classificou como barbaridade, e deixou claro que essa foi uma política equivocada que a estatal adotou com o fim do seu governo.
Professor do Instituto de Energia da USP e ex-diretor de gás da Petrobras, Ildo Sauer não se surpreende com a crise provocada pela greve dos caminhoneiros. E atribui grande parte dos problemas à “ânsia” do presidente da estatal, Pedro Parente, em atender os interesses do mercado.
Por Sérgio Lirio
Ao comentar sobre as paralisações dos caminhoneiros que gerou uma crise de abastecimento no país, o governador do Maranhão, Flávio Dino (PCdoB) lamentou a destruição do Brasil e responsabilizou a falta de legitimidade de Temer e seu governo de insubordinação ao capital internacional pela situação de caos deixada, declarou no Twitter.
A deputada Manuela d’Ávila comentou, na tarde desta sexta-feira(25), através das redes sociais, a decisão do presidente Michel Temer de acionar forças federais para enfrentar a mobilização dos caminhoneiros, que já segue em seu quinto dia. Manuela considera que a ilegitimidade do governo não lhe dá condições de dialogar e, por isso, recorre ao uso da força a cada crise.
Em bate-papo descontraído com o jornalista José Trajano, nesta sexta-feira (25), em São Paulo, a pré-candidata do PCdoB à Presidência da República, Manuela d’Ávila, ressaltou que é preciso ter muita atenção na atual conjuntura do país. Para ela, a saída da crise tem que ser política, e, para isso é necessário a garantia de eleições livres.
Nesta sexta-feira (25) Michel Temer autorizou o uso das Forças Armadas para desbloquear rodovias ocupadas pela greve dos caminhoneiros, que chegou ao quinto dia. Dirigentes sindicais do setor e parlamentares criticaram a medida, afirmando que Temer apela para o uso da força ignorando as reivindicações dos manifestantes.
Politicamente, o golpista Michel Temer está morto. Odiado pela sociedade, como atestam todas as pesquisas, ele até já desistiu da maluquice da sua candidatura à “reeleição” – como se algum dia ele tivesse sido eleito presidente.
“O que começou como um movimento legítimo pode trazer outras leituras de compreensão dos fatos, com um sintoma de como podemos construir leituras da realidade brasileira.”
Alexandre da Maia*
Em meio à paralisação de caminhoneiros, abriu-se debate importante a respeito do preço dos combustíveis no Brasil, notadamente o Diesel. A elevação do custo do produto possui efeito perverso na formação dos preços dos demais produtos, em razão da predominância da malha rodoviária para escoamento da produção.
Por Augusto Vasconcelos*
O ex-presidente da Agência Nacional do Petróleo Haroldo Lima disse aos deputados da Comissão de Desenvolvimento Econômico (23) que o processo de venda de ativos da Petrobras tem que ser revisto. Ele criticou a redução da presença do Estado na economia com as propostas de privatização de estatais importantes como a Eletrobras.
Em postagens em suas redes, o governador do Maranhão, Flávio Dino (PCdoB), criticou a omissão do governo Temer diante do “colapso” na economia do país e na vida dos brasileiros. Segundo Dino, o governo federal dispõe de instrumentos jurídicos para evitar o clima instaurado no Brasil, numa clara referência à crise de abastecimento de combustíveis e de produtos causada pela greve dos caminhoneiros. “A quem interessa o caos?”, questiona o ex-jurista.