A pressa do governo e de aliados para aprovar a reforma da Previdência até 18 de dezembro não sai do discurso. E não é por falta de vontade, mas de votos. O presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM), acredita que com os votos que tem até agora, não será possível votar a matéria no prazo planejado pelo governo.
Não satisfeito em derrubar Dilma Rousseff da Presidência da República, Michel Temer prepara um novo golpe: a mudança do sistema de governo no Brasil. O peemedebista já afirmou que governa em um regime “quase semipresidencialista”, onde a Câmara “deixou de ser um apêndice para ser parceira do governo” e pretende estabelecer o modelo como regra no país.
Que estranha cena descreves e que estranhos prisioneiros. São iguais a nós.” Platão, República, livro VII. Gargalhadas. Entrei na sala onde é servido o café da manhã no hotel e fiquei em pé, vendo na televisão as animadas selfies dos com Rogério 157. Na mesa ao lado, a cada nova imagem, gargalhadas. Muitas. Fiquei calado, meio indignado meio chocado com o tamanho do buraco no qual nos metemos.
Por Ricardo Cappelli*, no Congresso em Foco
Pesquisa Ibope encomendada pelo governo Michel Temer sobre a proposta de reforma da Previdência aponta que a maioria dos entrevistados (66%) não concorda com a proposta de idade mínima para aposentadoria nem com a regra de transição para se chegar à exigência de 62 anos, para mulheres, e de 65, para homens.
O processo de secundarização da política no Brasil vem ganhando contribuições adicionais e decisivas desde a implementação do golpe de Estado que permitiu a ascensão do governo Temer, em 2016. Na época da escravidão, recorda-se, o Brasil encontrava-se sob o comando dos interesses da Casa Grande e tanto fazia o partido vencedor nas eleições fraudadas da fase experimental da democracia censitária, uma vez que era a economia que governava a política.
Por Marcio Pochmann*, na Rede Brasil Atual
Em editoriais raivosos, a mídia privada – nos dois sentidos da palavra – tem confessado o seu temor diante das batalhas jurídicas que eclodirão com a vigência da “deforma” trabalhista. Ela inclusive já declarou guerra aos procuradores e juízes do trabalho, em mais uma abjeta campanha de calúnias.
Por Altamiro Borges*, em seu blog
"Não mais o medo e a inveja, e sim o ódio e de certa forma o ressentimento que se tornaram a moeda básica para se falar nas diferentes gramáticas de sofrimento no Brasil." Essa é uma as ponderações do psicanalista e professor da Universidade de São Paulo Christian Dunker sobre o momento atual do país. Ele concedeu entrevista à RBA e também abordou temas como a infantilização dos comportamentos no debate público e a passividade de parte da sociedade diante da retirada de direitos.
Por Glauco Faria, na Rede Brasil Atual
Estudioso das transformações do mundo do trabalho, José Dari Krein, professor do Instituto de Economia da Unicamp e pesquisador do Centro de Estudos Sindicais e Economia do Trabalho, é um forte crítico da reforma trabalhista que entrou em vigor em 11 de novembro. Em entrevista publicada pela Carta Capital, Dari Krein diz que a reforma tem o objetivo exclusivo de atender as empresas e ignora a construção de uma sociedade decente.
Na obra “Cem anos de solidão”, do escritor colombiano Gabriel García Márquez, um século se passa na cidade de Macondo. A passagem do tempo e as obras dos seus moradores fazem com que a cidade seja abandonada e esquecida ao final da saga da família Buendía.
Por Júlio Miragaia*
A reforma trabalhista no Brasil faz parte de uma estratégia global do capital e da oportunidade que agentes econômicos e políticos encontraram para fragilizar o movimento sindical e a força dos trabalhadores. É preciso superar a perplexidade e não acreditar em milagres. Se não forem enfrentados com determinação e inteligência, os efeitos da mudança poderão ser nefastos
Por Clemente Ganz Lúcio*
De acordo com o Infopen, Levantamento Nacional de Informações Penitenciárias do Ministério da Justiça, em junho de 2016 existiam 726.712 pessoas privadas de liberdade no Brasil. Os crimes relacionados ao tráfico de drogas correspondem a 28% das incidências penais pelas quais os encarcerados foram condenados ou aguardam julgamento.
Uma pesquisa realizada pela Oxfam Brasil e pelo Instituto Datafolha identificou as percepções dos brasileiros e brasileiras sobre as desigualdades no país. O estudo, feito com 2.025 pessoas, em agosto de 2017, trata de temas como diferenças socioeconômicas, meritocracia, racismo, distinção de gênero e apoio do Estado. Uma das conclusões da levantamento é que as desigualdades são sentidas pelos brasileiros de maneiras diferentes para diferentes grupos.