O PMDB manteve nas eleições deste domingo (7) o título de campeão das prefeituras, ainda que com um número menor do que há quatro anos. O PSB registrou o maior crescimento entre os partidos maiores e o PSD estreou em quarto lugar no ranking municipal.
O número de mulheres prefeitas em todo o país cresceu 31,5% no primeiro turno das eleições deste ano, se comparado ao mesmo período de 2008. Ao todo, 621 prefeituras serão comandadas por mulheres nos próximos quatro anos. As mulheres prefeitas representam 11,37% dos 5.463 prefeitos eleitos no primeiro turno.
O senador Paulo Paim (PT-RS) elogiou a decisão da presidenta Dilma Rousseff de editar, nos próximos dias, decreto que regulamentará o sistema de cotas em universidades e escolas técnicas federais para alunos de escola pública, com subcritérios de renda e étnico-raciais. A determinação constará do decreto para desfazer qualquer dúvida sobre o início dos efeitos da lei.
O novo prefeito de Borá, menor município do País, a 486 quilômetros de São Paulo, é Luiz Carlos Rodrigues (Luiz do Açougue), que foi reeleito com 783 votos – 100% dos votos válidos. Luiz é do PT e disputou a eleição numa coligação com o PSB e o PSD. O seu adversário na eleição, o candidato Nelson Celestino Teixeira, da coligação PSDB-DEM-PTB-PV-PMDB, não teve sequer o voto dele na eleição deste domingo (7).
O ministro do Supremo Tribunal Federal, Joaquim Barbosa, que vem sendo ovacionado pela direita e pelo PIG – Partido da Imprensa Golpista – tornando-se, inclusive, capa de Veja desta semana, votou em Lula em 2002 e em 2006, e em Dilma em 2010 e diz não se arrepender. "Eu não me arrependo dos votos, não. As mudanças e avanços no Brasil nos últimos dez anos são inegáveis. Em 2010, votei na Dilma", declarou em entrevista à Folha de S. Paulo, no domingo (7).
Logo após o resultado da apuração da votação em Florianópolis (SC), Angela Albino (PCdoB), que disputou a Prefeitura da capital catarinense, concedeu uma coletiva de imprensa. A comunista ficou em terceiro lugar, com 25,03% — totalizando 60.073 votos.
A disputa que polarizou a política nacional nos últimos anos será reproduzida no segundo turno das eleições municipais de 2012 no que diz respeito às capitais brasileiras. PT e PSDB ganharam uma capital cada um no primeiro turno e são os partidos que mais disputarão segundos turnos no fim de outubro.
Por José Antonio Lima, Carta Capital
Ao conhecer o resultado das urnas, a candidata a prefeita de Manaus (AM), Vanessa Grazziotin (PCdoB) disse em coletiva à imprensa que a partir de hoje (segunda-feira) está começando uma nova eleição. E explicou que vai procurar os candidatos dos outros partidos da base aliada do Governo Dilma para conversar, elogiando a votação de Henrique Oliveira (PR), do Serafim Corrêa (PSB), Sabino Castelo Branco (PTB) e Pauderney Avelino (DEM).
Cerca de 1,5 mil prefeitos de todo o Brasil vão estar no Congresso Nacional, nesta quarta-feira (10), para participar de uma mobilização promovida pela Confederação Nacional dos Municípios (CNM). O objetivo é mostrar aos parlamentares a situação econômica das prefeituras, prejudicadas, segundo a CNM, pela redução nos repasses do Fundo de Participação dos Municípios (FPM); pelas isenções fiscais do governo federal; pelo salário mínimo; e pelo piso nacional dos professores, entre outros pontos.
Dos cinco senadores candidatos nas eleições municipais, apenas dois concorrem ao segundo turno – Vanessa Grazziotin, em Manaus, capital do Amazonas e Cícero Lucena em João Pessoa, na Paraíba. Os senadores Humberto Costa, do PT de Pernambuco, Wellington Dias, do PT do Piauí, e Inácio Arruda, do PCdoB do Ceará, estão fora da disputa para as prefeituras das capitais de seus estados.
Foi um domingo para não esquecer. A história rugiu, rangeu e se mexeu; repôs certas correlações entre a nervura social e o voto; entre o discernimento popular e o legado histórico de projetos e propostas antagônicas. As urnas falaram e, como é natural, em escrutínios municipais marcados por peculiaridades locais, emitiram vereditos ecumênicos.
Por Saul Leblon*
O relator da Comissão Especial da Reforma Política, deputado Henrique Fontana (PT-RS), afirmou que pretende retomar o processo de votação de seu relatório logo após o término do primeiro turno das eleições, neste domingo (7). Segundo ele, a proposta deve ser votada pela Câmara até o final do ano e pelo Senado no primeiro semestre do ano que vem.