Como diz o velho ditado: a mentira tem pernas curtas. O discurso de que os atos que defendem o golpe contra o governo da presidenta eleita Dilma Rousseff tratavam-se de “manifestações espontâneas” caiu por terra nesta quarta-feira (11). Nota emitida pelo PSDB, legenda que foi derrotada nas urnas, informa o que já era sabido: vão participar dos atos que chamam de “apartidários” no próximo dia 15 de março.
A lista de parlamentares que serão investigados pela Operação Lava Jato, divulgada na sexta-feira (6), que inclui o nome do senador Antonio Anastasia (PSDB), elevou o clima de disputa. O fato do também senador tucano Aécio Neves, presidente do PSDB e candidato derrotado, ter sido citado pelo doleiro Alberto Youssef por conta de esquemas de propinas em Furnas, causou desespero e desmoralizou o discurso tucano de “moralidade” e criminalização do PT.
Citado pelo doleiro Alberto Youssef como beneficiário do esquema de propinas em Furnas, o tucano Aécio Neves, presidente nacional do PSDB, tenta manter sua pose de paladino moral e dos bons costumes ao criticar o pronunciamento da presidenta Dilma Rousseff, feito neste domingo (8), em cadeia nacional.
Os tucanos estão desnorteados com o fato do senador Antonio Anastasia (PSDB-MG), afilhado do também senador e candidato tucano à Presidência Aécio Neves, ter sido incluído na lista dos investigados da Operação Lava Jato.
Desmascarada a campanha golpista, os tucanos tentam descolar oficialmente do discurso do que chamam de “impedimento”. Agora, a onda é falar em demonstrações “espontâneas” contra o governo Dilma Rousseff e negar que o desejo de ver a Petrobras privatizada.
O novo controlador-geral de Minas Gerais, Mário Vinícius Claussen Spinelli, manifestou a sua disposição na apuração de eventuais irregularidades no governo. Responsável por desmontar um esquema bilionário de desvios de recursos na Prefeitura de São Paulo, Vinícius foi convidado pelo atual governador de Minas, Fernando Pimentel (PT), a ocupar o cargo.
Ainda no palanque das eleições presidenciais, o senador tucano Aécio Neves (PSDB-MG) admite que não vê ‘hoje elementos jurídicos ou políticos para um pedido de impeachment”. Mas para justificar o seu intento golpista, ele afirma que abordar o assunto “não é crime”.
As investigações da Polícia Federal de que empreiteiras citadas na operação Lava Jato depositaram dinheiro de esquemas de desvios na Petrobras em contas legais de campanha eleitoral, abertas e fiscalizadas pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE), põem em dúvida a procedência do financiamento político do PSDB, DEM e PSB.
O deputado Durval Ângelo (PT), líder do governador petista Fernando Pimentel, de Minas Gerais, na Assembleia Legislativa do Estado afirmou nesta sexta-feira, 6, que a auditoria que está sendo realizada pelo Executivo já mostrou que houve “total” e “absoluta” corrupção nas gestões anteriores envolvendo “as mesmas empreiteiras da Operação Lava Jato”.
Na campanha eleitoral do ano passado, o lutador Anderson Silva subiu ao famoso octógono para brigar pelo cambaleante Aécio Neves. Celebridade midiática, ele garantiu que o tucano representava uma “mudança radical, principalmente na educação”.
Por Altamiro Borges*, em seu blog
Nas duas primeiras semanas no Palácio Tiradentes, a equipe do governador Fernando Pimentel (PT) chegou a uma triste conclusão: os tucanos que comandaram Minas Gerais por 12 anos detonaram o Estado. Apesar da propaganda sobre o “choque de gestão”, sempre amplificada pela mídia chapa-branca, o balanço parcial das contas públicas aponta uma diferença de R$ 1,5 bilhão entre receita e despesas.
Por Altamiro Borges*, em seu blog
Ao citar ataques de “predadores internos e de inimigos externos”, a presidenta Dilma Rousseff aproveitou o discurso de Compromisso Constitucional perante o Congresso Nacional, na quinta-feira (1º) para fazer a defesa da Petrobras. Dilma denunciou a estratégia de se tentar enfraquecer a maior estatal brasileira para, assim, se abrir caminho para a entrega do patrimônio dos brasileiros.