O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, chegou ao Afeganistão nesta sexta-feira (3) em uma viagem não anunciada e se encontra na base norte-americana de Bagram, disse a embaixada dos EUA em Cabul à agência de notícias espanhola Efe.
Os Estados Unidos revelaram nesta quarta-feira (1º/12) que testarão no Afeganistão uma nova arma que é capaz, segundo a mídia americana, de determinar o ponto de explosão do projétil lançado por ela. O Departamento de Defesa do país encomendou 12,5 mil armas, que custa a bagatela de US$ 35 mil cada.
Reagindo ao anúncio feito durante reunião de cúpula de Lisboa – dias 19 e 20 – da intenção de se retirar as tropas da Otan do Afeganistão entre 2011 e 2014, o comando do talibã considerou que tal decisão evidencia “o fracasso da estratégia do governo norte-americano”. Para o grupo que resiste à ocupação do país, os invasores estrangeiros deviam retirar-se imediatamente, por isso, esta é uma “decisão irracional” que prolonga “uma guerra sem sentido”.
A notícia, divulgada pelo New York Times em 23 de novembro, de que um dos supostos altos líderes dos Talibã com os quais o governo Karzai estava negociando não é quem dizia ser é só o mais escandaloso sinal de que nada que se relacione à guerra do Afeganistão é o que parece ser ou o que se diz que seja.
Por Juan Cole, no Informed Comment
A frase foi dita nesta segunda-feira (22) por um dos representantes civis do Pacto Militar do Atlântico Norte, (Otan) que age sob comando dos Estados Unidos na ocupação do Afeganistão. Mark Sedwill fez o comentário durante uma entrevista para a rede britânica de televisão BBC.
Se o Iraque foi ruim, o Afeganistão será ainda pior. Nada que se diga ou faça na reunião da OTAN em Lisboa, que é, sobretudo, exercício de autoilusão, alterará essa clara evidência.
por Patrick Cockburn, The Independent, UK
A OTAN (Organização do Tratado do Atlântico Norte) aprovou na reunião de cúpula neste sábado (20/11), em Lisboa, o plano de retirada progressiva das tropas internacionais do Afeganistão, que começará no primeiro semestre de 2011 e deve terminar até o final de 2014, informou o secretário-geral da organização, Anders Fogh Rasmussen.
Pela primeira vez em sua campanha de nove anos de ocupação, o Pentágono enviou ao Afeganistão tanques de guerra fortemente blindados, em outra "escalada das táticas agressivas" contra os talibãs, informou nesta sexta-feira (19) o diário The Washington Post.
A guerra do Afeganistão é uma armadilha para todos os envolvidos, e a França irá discutir como retirar seu contingente de lá durante a cúpula da Otan nesta semana, disse nesta quarta-feira (17) o recém-nomeado ministro da Defesa francês Alain Juppé.
As tropas britânicas ocuparão o Afeganistão "enquanto seja necessário", assegurou o novo chefe do Estado Maior do Reino Unido, general David Richards, em uma entrevista concedida na segunda-feira (8), sugerido que o exército de ocupação britânico pode permanecer pelo menos até o ano 2015 no país asiático.
Em entrevista à emissora de televisão britânica BBC nesta quarta-feira (27), o ex-presidente da União Soviética, Mikhail Gorbachev afirmou que os Estados Unidos não têm perspectivas de vitória na ocupação do Afeganistão. O ex-dirigente tem experiência no assunto, já que durante sua administração a União Soviética bateu em retirada do país asiático.
Em janeiro de 1863, a ordem do presidente Abraham Lincoln para um general comandante recém-nomeado foi simples: "Dê-nos vitórias." A ordem tácita do presidente Barack Obama a seus generais equivale a isto: "Dê-nos condições que permitam uma retirada digna." Uma incisiva citação do novo livro de Bob Woodward captura a essência de uma incipiente Doutrina Obama: "Passe a bola e caia fora."
Por Andrew J. Bacevich*, no The Nation