Cerca de 2,3 milhões de pessoas se infectaram pelo vírus HIV/Aids em todo o planeta em 2012, somando-se às 35,3 milhões de pessoas que já conviviam com o vírus no mundo. Registros também indicam que 1,6 milhão de portadores do HIV morreram por enfermidades relacionadas à aids no ano passado
Cerca de 2,3 milhões de pessoas se infectaram pelo vírus HIV em todo o planeta em 2012, somando-se às 35,3 milhões de pessoas que já conviviam com o vírus no mundo. Registros indicam que 1,6 milhão de portadores do HIV morreram por enfermidades no ano passado. Embora os números sejam elevados, observa-se uma redução de 33% no número total de novas infecções e de 52% em infecções de crianças desde 2001, graças ao trabalho de prevenção e expansão do acesso ao tratamento antirretroviral.
O Programa Conjunto das Nações Unidas sobre HIV/AIDS (UNAIDS) observou uma redução de 33% no número total de novas infecções pelo vírus HIV desde 2001, e 52% de redução de novas infecções em crianças desde 2001, a nível global. Mas apesar desses avanços, houve aumento no índice de novas infecções na Europa oriental e Ásia central de 13% desde 2006, enquanto que no Oriente Médio e o norte da África o mesmo índice duplicou.
O Brasil precisa adotar uma postura mais incisiva na área da prevenção e da infecção por HIV para recuperar o protagonismo mundial no enfrentamento à doença. A opinião é do médico sanitarista e epidemiologista Pedro Chequer. Considerado um dos principais especialistas no tema no país, ele acredita que o Brasil sofreu um "grande retrocesso" nos últimos anos por, entre outras razões, ceder à pressão de grupos religiosos na condução das ações de resposta à epidemia.
O Ministério de Saúde anunciou neste domingo (1°/12), Dia Mundial de Luta contra a Aids, mudanças no atendimento a pessoas portadoras do HIV. A partir de agora, assim que a pessoa for diagnosticada com o vírus, ela receberá o tratamento imediato pela rede pública.
Síndrome que compromete o sistema imunológico, a aids foi estigmatizada por muitos anos como doença restrita à população homossexual e fortemente associada à promiscuidade, tendo sido chamada por veículos de imprensa como "peste gay" quando foram diagnosticados os primeiros casos no Brasil, no início da década de 1980.
Mais de 2 milhões de adolescentes em todo o mundo vivem com o vírus do HIV e a maioria deles não recebe tratamento adequado, o que levou a mortalidade nesse grupo de população aumentar 50% entre 2005 e 2012.
O novo tratamento contra a Aids adotado pelo Brasil (Protocolo Clínico e Diretrizes Terapêuticas para Manejo da Infecção pelo HIV em Adultos) recebeu elogios da Organização das Nações Unidas (ONU). “O Brasil vai além da recomendação atual da Organização Mundial da Saúde”, afirmou Georgiana Braga-Orillard, coordenadora do Programa Conjunto das Nações Unidas sobre HIV/Aids (Unaids) no Brasil. “Novamente o Brasil prova sua liderança na luta contra a Aids”, disse ela.
Começaram nesta semana os testes em macacos da vacina contra o HIV, que está sendo desenvolvida pela Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo em parceria com o Instituto Butantan. Os quatro animais começaram a ser imunizados com a vacina que contém partes do vírus. Depois, os macacos receberão um vírus modificado que causa o resfriado como parte dos estudos para desenvolver o imunizante.
Presente nas comemorações de 30 anos do Programa Estadual de DST/Aids de São Paulo, o diretor adjunto do Programa de Aids das Nações Unidas (UNAids) e subsecretário-geral da Organização das Nações Unidas (ONU), Luiz Antonio Loures, estimou nesta terça (29) que a epidemia de aids deverá ter fim em 2030.
Um grupo de pesquisadores suíços elaborou o primeiro mapa de resistência humana ao vírus da aids, que mostra a forma como o corpo luta naturalmente contra a doença, o que poderá permitir a criação de tratamentos personalizados.
Pesquisadores da Universidade de São Paulo (USP) e da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) observaram uma maior variabilidade genética do vírus HIV em crianças e adolescentes do que a apontada em estudos anteriores feitos com adultos. De acordo com os pesquisadores, isso sugere que o perfil da epidemia está mudando no Brasil, o que pode ter implicações tanto na produção de diagnósticos como na definição de terapias e no desenvolvimento de vacinas.