No bimestre de outubro e novembro de 2015, quase 15 milhões de crianças e adolescentes obtiveram a frequência escolar registrada pelo governo federal, pré-requisito para as famílias receberem o auxílio do Bolsa Família. Desse total, 96% cumpriram o mínimo de presença, de 85% (crianças e jovens de 6 a 15 anos) e de 75% (jovens de 16 e 17 anos). Quase 17 milhões de jovens receberam acompanhamento no período.
O beneficiários do Bolsa família seguem quebrando preconceitos e buscando melhores oportunidades de vida.
O ativista indiano Kailash Satyarthi, ganhador do Prêmio Nobel da Paz em 2014 pelo seu trabalho para a erradicação do trabalho infantil e contra o trabalho escravo, afirmou que o Brasil tem todas as condições de encabeçar uma conferência global, a fim de propor uma agenda abrangente sobre as questões de interesse das crianças. Ele afirmou que esse foi um dos principais temas da conversa que teve com a presidenta Dilma Rousseff nesta quinta-feira (4), em Brasília.
Contra o Zika vírus, o governo vai distribuir repelentes de graça para mulheres grávidas que recebem auxilio do Bolsa Família. Cerca de 400 mil gestastes devem se beneficiar com iniciativa, que visa a proteção contra o mosquito Aedes aegypti, transmissor do Zika que pode causar microcefalia em bebês.
Com o início do ano letivo, 1,3 milhão de crianças beneficiárias do Bolsa Família com 6 anos de idade – completos entre 1º abril de 2015 e 31 de março deste ano – devem ser matriculadas nas escolas públicas. As famílias já foram informadas pelo Ministério do Desenvolvimento Social (MDS), por meio de mensagem no extrato de pagamento, sobre a necessidade de as crianças frequentarem regularmente as aulas.
Programa Bolsa Família beneficia quase dois milhões de famílias na Amazônia brasileira, região Norte, e alcança vários tipos de comunidades tradicionais. Paga R$ 77 por mês por pessoa, o que dá, em média, quase R$ 170 por família, dependendo da situação.
Depois do feito histórico de retirar o País do Mapa da Fome das Nações Unidas, o desafio do Brasil agora é melhorar o acesso da população à alimentação saudável. O diagnóstico é da economista Tereza Campêllo, que desde 2011 comanda o Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome (MDS), pasta responsável por programas internacionalmente reconhecidos, como o Bolsa Família.
O Bolsa Família apresentou resultados importantes ao longo de seus 12 anos de existência. Desde a sua criação, em 2003, o programa de transferência de renda ajudou a tirar cinco milhões de pessoas da extrema pobreza. Os números do programa acabaram chamando atenção do resto do mundo. Hoje, segundo o Banco Mundial, 52 países utilizam o mesmo formato do Bolsa Família em seus programas de transferência de renda.
O Bolsa Família deve aumentar em 2016, mesmo após a presidenta Dilma Rousseff vetar na Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) o reajuste no benefício.
A ministra do Desenvolvimento Social e Combate à Fome, Tereza Campello, garantiu, em entrevista ao jornal O Globo publicada nesta segunda-feira (4), que o Bolsa Família será reajustado neste ano.
Imagine a cena da mãe que sai de casa perfumada, com o melhor vestido floreado, não para pedir ajuda, mas para dizer que não precisa mais do amparo do governo para dar de comer aos filhos.