Deputados federais de Oposição denunciaram nesta segunda-feira (14) no Sínodo para a Amazônia, em Roma, na Itália, os ataques do governo Bolsonaro à floresta e os povos tradicionais da região amazônica. Um documento contendo resultados de diligências e investigações sobre os ataques do Estado brasileiro foi entregue no evento aos representantes do Vaticano.
Desde que, há um ano, Jair Bolsonaro foi eleito presidente, 43 cidades brasileiras realizaram votações para definir os sucessores de prefeitos que tiveram o mandato cassado pela Justiça. Nesse ensaio para as eleições municipais de 2020, o bolsonarismo fracassou. Foram apenas sete as cidades onde o PSL, partido do presidente, lançou candidatura desde outubro de 2018, tendo eleito prefeitos apenas em Pimenta Bueno (RO), em dezembro de 2018, e em Mirandópolis (SP), no mês passado.
O Supremo Tribunal Federal (STF) ordenou a Polícia Federal (PF) que investigue a relação entre disparos de mensagens de WhatsApp de grupo ligados a Jair Bolsonaro e os ataques sofridos pelos ministros da Corte nos últimos tempos. Segundo reportagem do UOL, o pedido foi feito pelo ministro Alexandre de Moraes dentro do chamado “inquérito das fake News”.
Em sua coluna publicada neste domingo (13), o jornalista Jânio de Freitas questiona a legitimidade da eleição de Jair Bolsonaro. Para ele, Bolsonaro foi benefiado pelo uso indevido de mensagens pelo WhatsApp, que admitiu que houve violação dos seus temos de uso na eleição de 2018.
Leia abaixo a íntegra do artigo:
A semana foi marcado por alguns episódios que revelam a incapacidade do presidente Jair Bolsonaro de exercer o mandato que lhe foi confiado. Além de não ter uma base parlamentar estável, Bolsonaro vive em conflito com seu próprio partido, o PSL, acusado de usar candidaturas laranjas. No planto externo, o presidente, mesmo bajulando Donald Trump desde o primeiro dia de seu governo, não teve o apoio dos EUA para o ingresso do Brasil na OCDE.
Só se espanta com o movimento de Trump quem desconhece a história e os aspectos básicos que movem as relações internacionais. Ignorar o pedido brasileiro de entrada na OCDE foi absolutamente natural na atual conjuntura.
Por Ricardo Cappelli*
A cientista política e especialista em relações internacionais, Ana Maria Prestes, apresenta os principais fatos que se sobressaem no cenário internacional. Nesta sexta-feira (11) ela destaca os comentários sobre a não participação do Brasil na Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OECD).
O governo de Trump acaba de mostrar que governante que não se dá ao respeito não é respeitado. Tratou Bolsonaro com o maior desprezo, desconsiderando olimpicamente as promessas que publicamente lhe fizera há poucos meses, e que provocara saltinhos de contentamento do presidente brasileiro.
O governo Donald Trump se recusou a endossar a tentativa do Brasil de ingressar na Organização de Cooperação e Desenvolvimento (OCDE), o que reflete o isolamento de Jair Bolsonaro no exterior. Preferiu apoiar o pleito de Argentina e Romênia.
O colunista Bernardo Mello Franco, de O Globo, diz nesta quarta-feira (9) que por trás do imbróglio envolvendo Jair Bolsonaro e o seu partido, o PSL, está uma disputa pelo controle de R$ 737 milhões.
Foi publicado no Diário Oficial da União (DOU) desta quarta-feira (9), o veto integral ao Projeto de Lei (PL) 3688/2000, que obrigava as redes públicas de educação básica a terem equipe multiprofissional com psicólogo e assistente social. O objetivo da proposta era desenvolver ações voltadas para a melhoria da qualidade do processo ensino-aprendizagem, com a participação da comunidade escolar, mas Bolsonaro e sua equipe decidiram vetar a matéria.
Por Christiane Peres, do PCdoB na Câmara
A intensa troca de acusações entre Bolsonaro, integrantes do PSL e apoiadores do presidente, que se agravou, se deve, de acordo com o líder do PT no Senado, Humberto Costa (PE), ao avanço das investigações da Polícia Federal (PF) e do Ministério Público (MP) sobre o esquema de caixa 2 e candidaturas laranjas do PSL.