Para o presidente Jair Bolsonaro (PSL), existe uma “indústria” de demarcação de terras indígenas, sustentada por integrantes da Fundação Nacional do Índio (Funai), que impede o desenvolvimento da Amazônia. “O que puder rever, eu vou rever”, disse sobre as demarcações de terras em entrevista à rádio Jovem Pan no último dia 8. A solução defendida pelo presidente é a exploração do território em “parceria” com os Estados Unidos.
Por Lu Sudré, do Brasil de Fato
Jair Bolsonaro começou mal o final de semana com relação à sua imagem no âmbito internacional. Após ser rechaçado pelo prefeito de Nova Iorque (EUA), o presidente brasileiro foi rebatido pelo Yad Vashem, conhecido como Museu do Holocausto de Israel, e recebeu uma indireta do presidente do país, Reuven Rivlin.
A Agência dos Estados Unidos para o Desenvolvimento Internacional (Usaid), que desde sua criação possui ligação com a CIA, a agência de inteligência americana, assinou com o Governo de Jair Bolsonaro (PSL) uma declaração de intenção que prevê a criação de um fundo de US$ 100 milhões, cerca de R$ 387 milhões, destinados às empresas privadas que desenvolvam “uso sustentável de produtos florestais madeireiros ou não madeireiros” na Amazônia.
O ex-policial militar Adriano Nóbrega, miliciano que atua no bairro Muzema, no Rio de Janeiro, onde ocorreu desabamento de dois prédios, empregou a mãe e a filha no gabinete do senador Flávio Bolsonaro (PSL-RJ) quando exercia mandato na Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj).
Joaquim Nabuco lembrava que o câncer de nossa formação não era a escravidão, como fenômeno em si, mas seu legado. O mesmo se aplica à ditadura militar: a tragédia é sua obra, viva e daninha, que se manifesta na emergência de uma nova ordem autoritária, uma vez mais hegemonizada pela corporação militar.
Por Roberto Amaral*
Governo quer diminuir de 700 para 50 número de conselhos previstos pela Política Nacional de Participação Social. Bolsonaro quer revogar a Constituição por decreto, diz ambientalista.
Por Cláudia Motta, da RBA
Numa espécie de estratégia para camuflar os graves problemas do país com a economia em estagnação e o desemprego atingindo mais de 13 milhões de brasileiros, Bolsonaro quer projetar ao público que é vítima de adversários num eterno discurso de palanque político.
Por conta dos estouvados cem dias de governo, Bolsonaro assinou um projeto que será enviado à Câmara dos Deputados prevendo a autonomia do Banco Central (BC). A medida foi comemorada pelos ultraliberais da área economia, mas obviamente rechaçadas por lideranças da oposição.
Por Iram Alfaia
Mais uma vez Bolsonaro volta a ser Bolsonaro nas redes sociais. Ele se solidarizou com o apresentador Danilo Gentili que foi condenado a seis meses de prisão em regime semiaberto pela 5ª Vara Federal Criminal de São Paulo por injúria contra a deputada federal Maria do Rosário (PT-RS).
No último domingo (7), grupos de extrema-direita – principalmente os ligados ao astrólogo Olavo de Carvalho, guru do atual presidente e de seus pimpolhos – promoveram manifestações raivosas contra o Supremo Tribunal Federal (STF) e em defesa apaixonada do ex-juizeco Sergio Moro, atual superministro do laranjal de Jair Bolsonaro.
O presidente da Fundação Maurício Grabois, Renato Rabelo, classificou o governo Bolsonaro como um regime de crise e como tal pode ser um fator a justificar uma saída autoritária “mais extremada” para o país.
Por Iram Alfaia
Foram 100 dias sem médicos, sem educação, sem empregos, sem projeto, sem noção. O presidente da República já faz história e deixa uma marca: a incapacidade de governar. Nesse período, o pior inimigo do governo Bolsonaro foi o próprio governo Bolsonaro.