O grupo de trabalho do Fórum de São Paulo divulgou documento que será apresentado, nesta quinta-feira (29), durante reunião da Unasul, refletindo a posição dos partidos de esquerda da região acerca do conflito envolvendo Colôbia e Venezuela. A nota defende uma solução negociada no âmbito da Unasul, critica a postura do colombiano Álvaro Uribe e anuncia que espera diálogo por parte do seu substituto.
O que há, principalmente, por trás do conflito entre Colômbia e Venezuela, e sua recente escalada, é que a revolução bolivariana se choca frontalmente com o plano de dominação estadunidense sobre a América Latina.
Por Ángel Guerra Cabrera, em La Jornada
O Conselho de Chanceleres da Unasul (União de Nações Sul-americanas) se reunirá nesta quinta-feira (29) para debater a ruptura das relações diplomáticas entre Venezuela e Colômbia e analisar medidas para impulsionar o diálogo e a paz entre os dois países vizinhos. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva indicou ontem que pretende exercer um papel de mediador na crise. Para ele, o tempo "é de paz, não de guerra".
Peão incondicional do império, Alvaro Uribe se despede da presidência da Colômbia com uma nova provocação: a denúncia da existência de acampamentos das Farc em território venezuelano.
Por Atílio Boron*, em seu blog
O presidente colombiano, Álvaro Uribe, rejeitou nesta terça-feira (27/7) a possibilidade de uma proposta de paz com as guerrilhas que atuam em seu país, como foi sugerido pelo chanceler venezuelano, Nicolás Maduro, e ressaltou que não se pode "afrouxar" a luta contra o terrorismo.
A expansão militarista dos Estados Unidos na região e sua estratégia de mobilidade global estão em processo de execução contra a Venezuela. A missiva revelada pelo presidente Chávez confirma os planos contidos em documentos do Pentágono de 2009.
Por Eva Goliger*, em Adital
O presidente eleito da Colômbia, Juan Manuel Santos, e a governante argentina, Cristina Fernández de Kirchner, se comprometeram a trabalhar pela unidade latino-americana em reunião nesta segunda-feira em Buenos Aires, onde o colombiano se reuniu também com o secretário-geral da Unasul, Néstor Kirchner.
A onda de governos populares na América do Sul, que se estendeu do pampa argentino ao caribe venezuelano, sempre teve seu contraponto na Colômbia de Álvaro Uribe, aliado incondicional dos Estados Unidos e forte crítico das políticas vizinhas, especialmente de Hugo Chávez, o inimigo número um do império no continente.
Por Brizola Neto, em seu blog "Tijolaço"
A Venezuela apelou nesta segunda (26) à Organização das Nações Unidas (ONU) para que se mantenha em alerta em meio à crise do país latino com a Colômbia. O embaixador da Venezuela nas Nações Unidas, Jorge Valero, entregou ao secretário-geral do organismo, Ban Ki-moon, uma carta detalhando as razões que levaram ao rompimento diplomático e pediu colaboração para negociar um acordo com o futuro governo do presidente colombiano, Juan Manuel Santos.
O presidente da Venezuela, Hugo Chávez, alertou, neste domingo (25) sobre a possibilidade de uma incursão armada da Colômbia no território de seu país. Ele afirmou que, caso o ataque se concretize, cortará o envio de petróleo aos Estados Unidos, que estaria incentivando a agressão. As declarações foram dadas em Caracas, nesse domingo, em grande ato organizado pelo Partido Socialista Unido da Venezuela (PSUV) e que reuniu uma multidão.
O impasse entre a Colômbia e a Venezuela será tema de uma reunião na próxima quinta-feira (29), em Quito, no Equador. Os ministros das Relações Exteriores da União das Nações Sul-Americanas (Unasul) foram convocados extraordinariamente pela presidência pro tempore do bloco para buscar uma solução que encerre a crise e evite o agravamento do conflito na região. A ideia é abordar a adoção de mecanismos que possibilitem o fortalecimento do dálogo e a paz no continente.
O presidente Hugo Chávez manifestou neste domingo (25) sua confiança em que o povo, os grandes intelectuais e líderes políticos da Colômbia consigam deter uma possível agressão contra os venezuelanos.