“Neste contexto de desesperança as centrais sindicais apresentam para a sociedade um diagnóstico e uma agenda de que é possível retomar o crescimento com desenvolvimento e defesa dos trabalhadores”, declarou ao Portal Vermelho Clemente Ganz, diretor-técnico do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Sócio-Econômicos (Dieese).
Por Railídia Carvalho
Entre junho de 2017 e maio de 2018, os sindicatos brasileiros fecharam 5.889 vagas com carteira assinada, revela levantamento do Ibre-FGV (Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getúlio Vargas), baseado em dados do Cadastro Geral dos Empregados e Desempregados (Caged), do Ministério do Trabalho.
De acordo com dados do IBGE, o número de pessoas que não trabalham e nem procuram emprego bateu recorde no país. O contingente fora da força de trabalho é de 65,6 milhões de brasileiros, alta de 1,2% sobre o primeiro trimestre do ano, sendo o mais alto índice desde o início da pesquisa, em 2012.
O golpe de 2016, que deixou 13 milhões de brasileiros desempregados, segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgados nesta terça-feira (31), também ampliou o número de pessoas que trabalham na informalidade. Segundo o IBGE, são 37,060 milhões de brasileiros nesta condição atualmente, o que corresponde a 40,6% da força de trabalho. Há um ano, este índice era de 40,1%.
O fracasso do governo de Michel Temer no combate ao desemprego é um dos motivos que levou 70% dos brasileiros (Vox Populi) a declarar que a vida piorou desde que Temer assumiu. O consultor do Departamento Intersindical de Assessoria Parlamentar (Diap), Antonio Augusto de Queiroz, o Toninho, afirmou. “É preciso estar atento porque esse projeto contra os trabalhadores, além do Temer, permanece nas candidaturas Alckmin e Bolsonaro”.
Por Railídia Carvalho
A taxa média de desemprego na região metropolitana de São Paulo teve ligeiro recuo de maio para junho, passando de 17,4% para 17%, segundo a pesquisa da Fundação Seade e do Dieese. Também está abaixo de junho do ano passado (18,6%). Mas exatamente metade dos postos de trabalho abertos refere-se a empregos sem carteira assinada.
No Brasil e no mundo, os jovens são os mais afetados pelo desemprego crescente e permanente, faceta da atual crise econômica agravada pelas reformas trabalhistas de caráter neoliberal. Entre os brasileiros na faixa dos 18 aos 24 anos, o número de desempregados chega a 28,1%, de acordo com o IBGE.
As sucessivas ações de desinvestimento da Petrobras não têm razões técnicas, mas políticas. Essa é a avaliação de José Maria Rangel, coordenador licenciado da Federação Única dos Trabalhadores (FUP). Ao promover a privatização de importantes setores da petroleira, o governo federal está acabando com o conceito da Petrobras como empresa de petróleo integrada, critica Rangel.
O sonho de uma vida com mais oportunidades foi a força motriz que motivou durante alguns anos muitos trabalhadores a migrarem para o estado do Rio de Janeiro na esperança de construir um futuro melhor a partir dos empregos gerados pela cadeia produtiva do petróleo e gás.
Enquanto não houver uma revisão da forma de formalização do mercado de trabalho, o problema continua. Essa reforma impede uma sustentação do emprego.
Por Marcio Pochmann*
Hoje no Brasil o desemprego, ou sua ameaça, é o que mais aflige os cidadãos. São mais de 28 milhões vivendo na penúria de não ter seu ganha-pão ou submetendo-se ao trabalho precário.
Por João Carlos Gonçalves (Juruna)*
Desemprego atinge pessoas com nível superior e médio, cresce entre trabalhadores não brancos e é especialmente cruel com os mais jovens, atingindo 28,1% na faixa dos 18 aos 24 anos.
Por Marcio Pochmann*