Economistas que assinam a Nota nº 3 do Cecon/Unicamp preveem que o ritmo lento do crescimento do PIB e do emprego fará com que o Brasil retome apenas em 2022 o nível de produção de 2014. Tempo ainda mais longo será necessário para recuperar emprego e renda.
Um lado menos observado do mercado de trabalho, mas não menos importante, é o do tempo de procura por um emprego, um termômetro da dificuldade que o trabalhador enfrenta para conseguir uma nova vaga.
O aumento de empregos com baixa remuneração aprofunda o cenário de precarização enfrentado pelo trabalhador brasileiro no governo de Michel Temer. Segundo o Cadastro de Emprego e Desemprego do Ministério do Trabalho (Caged) as vagas formais que cresceram foram aquelas com remunerações de até dois salários mínimos. No início de 2008, as vagas formais geradas eram de até quatro salários e também de sete a dez salários.
Por Railídia Carvalho
O desemprego aumentou mais uma vez no país. Neste primeiro trimestre de 2018, a taxa de desocupados chegou a 13,1%, segundo pesquisa do IBGE divulgada nesta sexta (27). A tendência é de piora e agravantes como a reforma trabalhista, falta de investimentos públicos pelo governo nos setores sociais e as incessantes tentativas de privatização da Petrobras e Eletrobrás barram qualquer possibilidade de melhora na taxa de desemprego.
Por Verônica Lugarini
Taxa foi de 16,9% em março, com quase 1,9 milhão de desempregados. Pesquisa mostra diminuição em 12 meses, mas à custa de saída de pessoas do mercado e maior trabalho autônomo.
A proibição de exportação de carne de frango brasileira pela União Europeia pode afetar o emprego de 40 mil trabalhadores do setor de alimentação.
Para Marcio Pochmann, o índice de desemprego vem sendo disfarçado pelos trabalhos intermitentes de baixa remuneração.
Com o desejo de concorrer ao Planalto, o ministro da Fazenda Henrique Meirelles anunciou que deixará a pasta “até sexta-feira”(6), véspera do prazo final para que pretensos candidatos se afastem de cargos públicos. Depois de quase dois anos, ele sairá do governo sem cumprir as promessas de equilíbrio fiscal e retomada de investimentos. Para o economista Guilherme Mello, a marca da gestão Meirelles é o desemprego, a precarização do mercado de trabalho e a redução do Estado.
Por Joana Rozowykwiat
A crise no mercado de trabalho fez aumentar o número de pessoas em situação de desalento, aquelas que gostariam de trabalhar mas que não procuravam emprego acreditando que não conseguiriam uma vaga. O fenômeno é explicado, em parte, porque cresceu o total de indivíduos que se veem obrigados a procurar por um trabalho para ajudar na renda da família. Alguns tomaram providência para encontrar uma vaga, outros se juntaram ao contingente de desalentos.
A opção relativa aos rumos para a política econômica, tal como adotada pelos sucessivos governos a partir de 2015, representou uma verdadeira tragédia para a grande maioria da população brasileira. O diagnóstico equivocado a respeito dos desequilíbrios nas contas públicas foi sendo martelado à exaustão pelos grandes meios de comunicação e pelos arautos do financismo. Como diz a música, parecia mesmo que “tá tudo dominado!”
Por Paulo Kliass*
Pesquisa feita pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) e Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) aponta que um terço dos 13,1 milhões de brasileiros desempregados sobrevive fazendo bicos ou trabalhos temporários, geralmente informais, 29% pedem ajuda financeira à família ou a amigos e 7% recebem auxílio do programa Bolsa Família. Apenas 2% utilizam poupança ou investimentos.
A crise econômica em que mergulhou o estado do Rio de Janeiro fica evidente no aumento do desemprego, no trabalho informal e no alto índice de pessoas em situação de rua. Especialistas apontam que uma das principais causas do aumento da pobreza no estado está relacionada a queda do preço dos barris de petróleo e ao desmonte da indústria que gira em torno da cadeia do petróleo.