O governo do capitão vai completar cinco meses de vida na semana que vem. O grau de insatisfação no interior das próprias forças políticas que atuaram para sua vitória no pleito de outubro passado só faz aumentar a cada dia.
Por Paulo Kliass*
Não se trata de um problema de falta de ferramentas para conter o crescimento da desigualdade social. Pode-se taxar os super-salários, taxar grandes fortunas, elevar o salário mínimo. Há meios de sobra para conter a escalada da desigualdade social.
O governo Bolsonaro propôs no Projeto de Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) uma meta fiscal fixando um déficit de R$ 124,1 bilhões. Essa decisão, na opinião do economista e professor da Unicamp, Marcelo Manzano, vai aumentar o desemprego, a crise econômica e a desigualdade social.
A Oxfam Brasil acaba de divulgar os resultados da sua mais recente pesquisa “Nós e as Desigualdades – Percepções sobre as Desigualdades no Brasil”. Em parceria com o Datafolha, o levantamento traz dados reveladores e desafiadores para os movimentos que lutam contra o desgoverno ultraconservador de Jair Bolsonaro.
Por Marcos Aurélio Ruy
O shopping Pátio Higienópolis, que fica em um dos bairros mais caros de São Paulo, pediu à Justiça autorização para prender crianças "de rua" que estejam nos seus arredores e levá-las para a Polícia Militar. A juíza do caso, Mônica Gonzaga Arnoni, da Vara de Infância da capital paulista, já negou o pedido. Para a juíza, o pedido do shopping revela a intenção de restabelecer políticas higienistas de espírito racista.
Na semana passada, dois indicadores econômicos confirmaram que a desigualdade cresce celeremente no Brasil do golpe do impeachment e da ascensão fascista de Jair Bolsonaro. Os dados sobre desemprego e informalidade revelaram o drama de milhões de brasileiros; já o balanço financeiro do Bradesco indicou que os abutres financeiros seguem com lucros recordes.
Antecipando-se aos debates do Fórum Econômico de Davos, a ONG inglesa Oxfam divulgou seu relatório anual mostrando que uma desigualdade "fora de controle" mundo afora, devido em grande parte a sistemas tributários injustos. Aumento de impostos sobre fortuna dos mais ricos permitiria financiar estudos de milhões de crianças.
A tão prometida e esperada recuperação econômica se refletiu apenas no setor de serviços, cujo crescimento foi baseado na informalização e jornadas mais flexíveis. O Brasil cresceu pouco e aumentando a desigualdade.
Por Rafael da Silva Barbosa*
Vemos atualmente o que a candidatura presidencial de Collor havia feito em 1989, ao colocar sobre o funcionalismo público todos os problemas do país. Mas o grande responsável pela desigualdade continua sendo o setor privado.
Por Márcio Pochmann*
Fim do Benefício de Prestação Continuada (BPC), do abono salarial e nova política de reajuste do mínimo, contam no projeto de lei orçamentária de 2019 e poderão agravar ainda mais a desigualdade social e econômica no Brasil.
É fato amplamente sabido e reconhecido a desigualdade estrutural que sempre caracterizou a sociedade brasileira.
Por Paulo Kliass *
Ajuste fiscal, privatizações e redução de programas sociais no governo Michel Temer fizeram o Brasil voltar aos patamares de desigualdade de 2001, segundo estudo da ONG Oxfam Brasil. Em 2017, 15 milhões de brasileiros sobreviveram com apenas 1,90 dólar por dia. A agenda ultraliberal de Bolsonaro deverá aprofundar as desigualdades no Brasil.
Por Iberê Lopes*