Cada vez mais à direita na cena política nacional, o ex-social-democrata PSDB vai escancarar sua feição mais conservadora sob o comando do governador paulista, João Doria. Segundo a Folha de S.Paulo, o congresso nacional do PSDB, neste sábado (7), em Brasília, trará acenos ao eleitorado bolsonarista, além de mais ataques aos servidores públicos e a outros segmentos.
Com a decisão do presidente Jair Bolsonaro de criar seu próprio partido – e depois de tentar em vão atrair nomes como o do governador Wilson Witzel (PSC-RJ) –, o PSL agora sonha em lançar o atual ministro da Justiça, Sergio Moro, à Presidência em 2022. Na opinião de dirigentes do partido, a relação instável que o Planalto estabeleceu com o ex-juiz da Lava Jato abriu brecha para que Moro fosse mais assediado.
A recente liberação do ex-presidente Lula atiçou os analistas de sempre a pedir, mais uma vez, autocrítica por parte do PT. Acho engraçado, pois, como já disse em outra coluna, se tem uma coisa que a esquerda adora fazer, é autocrítica. Já estamos na autocrítica da autocrítica. Para quem duvida, recomendo participar de alguma reunião interna do PT. O processo não é divertido nem agradável, mas ele ocorre periodicamente em partidos verdadeiramente democráticos.
Por Nelson Barbosa*
Os nomes dos movimentos são cada vez mais conhecidos: RenovaBR, Agora!, Acredito, Livres, MBL e a Rede de Ação Política pela Sustentabilidade (Raps). Juntos, bancados por doações, eles ajudaram a eleger 54 políticos em 2018, sendo 30 no Congresso. Agora, deputados desses movimentos pedem aval da Justiça para deixar os partidos, já que querem votar contra a orientação de suas legendas. Em suma: um atraso como o fim da fidelidade partidária virou a nova bandeira dos grupos de “renovação política”.
Ao falar neste sábado (12) para uma multidão presente ao Santuário Nacional, em Aparecida do Norte, o arcebispo Dom Orlando Brandes, afirmou:"Temos o dragão do tradicionalismo. A direita é violenta, é injusta, estão fuzilando o Papa, o Sínodo, o Concílio Vaticano II",
Por Daniel Bernabé
Donald Trump é o maior exemplo de uma forma de comunicar que infecta a política e tem nas redes sociais seu principal aríete. Essa estratégia, seguida à risca por Jair Bolsonaro, pretende criar uma audiência fiel, capturada por um clima extremo e permanente de suspeitas, conspiração e conflito. A mídia é o inimigo preferido. No ambiente das redes, esses políticos não têm de suportar impertinências de nenhum jornalista e podem conduzir seu show com total liberdade e eficácia.
Por Daniel Bernabé
Um jantar na casa de Luciano Huck, no Rio de Janeiro, reuniu nomes de peso da direita: o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (PSDB), o economista Armínio Fraga, o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), o presidente do DEM e prefeito de Salvador, ACM Neto, os ex-ministros Mendonça Filho e Raul Jungmann, o presidente do Cidadania, Roberto Freire, o líder do partido na Câmara, Daniel Coelho (PE), além dos empresários Leandro Machado (movimento Agora!) e Eduardo Mufarej (RenovaBR).
Em 11 de setembro de 1789, a Assembleia Constituinte, na França revolucionária, se reuniu para deliberar sobre o poder de veto do rei Luís 16. Cada grupo de deputados escolheu seu lugar conforme as afinidades políticas. Assim, de modo involuntário, mas histórico, a distribuição dos parlamentares franceses, há exatamente 230 anos, marcou a divisão entre a Direita (conservadora ou reacionária) e a Esquerda (revolucionária ou reformista), que ainda hoje pontua a vida política nas democracias.
A crise na Amazônia – que abalou ainda mais a imagem do governo Jair Bolsonaro (PSL) – tem de ser ponto de inflexão para a oposição brasileira. A opinião é do linguista norte-americano Noam Chomsky, que, aos 90 anos, está novamente em visita ao País e concedeu entrevista à Folha de S.Paulo. Segundo Chomsky, a esquerda de vários países abraçou o combate à mudança climática e a defesa do meio ambiente como formas de fazer oposição a líderes populistas de direita – mas não no Brasil. Confira.
O derretimento prematuro do governo Jair Bolsonaro (PSL) estimula o governador paulista João Dória (PSDB) a se posicionar como alternativa da direta para as próximas eleições presidenciais – mas com perfil “civilizado”. É o que analisa o cientista político Jairo Nicolau, pesquisador da Fundação Getúlio Vargas (FGV), em entrevista ao Brasil de Fato. “O Dória percebeu que ele pode aparecer em 2022 como o verdadeiro Bolsonaro – um Bolsonaro que sabe falar francês, não agride as pessoas”, diz Jairo.
As rusgas entre o presidente Jair Bolsonaro e seu ministro da Justiça, Sergio Moro, começam a influenciar os planos da direita para as eleições presidenciais de 2022. Entre os aliados de Moro que torcem por uma aproximação com o governador paulista e provável presidenciável do PSDB, João Doria, há a avaliação de que Bolsonaro pode tudo, hoje, menos brigar com o ministro da Justiça.