Em apenas quatro meses, o Ministério da Justiça anulou 133 anistias políticas concedidas a ex-cabos da Força Aérea Brasileira (FAB), desligados durante a ditadura militar (1964-1985). Ao todo, o grupo de trabalho interministerial criado para verificar se, de fato, os ex-praças licenciados foram alvo de perseguição política, deverá revisar 2.574 processos.
O secretário nacional de Justiça e presidente da Comissão de Anistia, Paulo Abrão, informou no início da noite de sábado (16) que será lançado, na semana que vem, um edital que prevê a ampliação do programa de reparação do Estado brasileiro às vítimas da repressão da ditadura militar. Serão selecionadas cinco entidades especializadas em assistência psicológica para a criação das Clínicas do Testemunho.
O que o passado pode nos ensinar? Esta é uma pergunta que perturba o sono da humanidade desde os seus primórdios. Todas as comunidades procuraram de alguma forma estabelecer laços com seu passado. Ora para aceitá-lo e transformá-lo numa referência para a atuação no presente. Ora para rejeitá-lo, como algo a não ser seguido.
Por Augusto C. Buonicore*
Acordo prevê abertura de arquivos da Comissão Nacional de Anistia e ajudará investigações sobre crimes da ditadura
Por Estevan Muniz, da Rede Brasil Atual
O Grupo Tortura Nunca Mais se reuniu nesta segunda (12) com a Comissão Nacional da Verdade para oferecer o acervo com 707 processos instaurados pelo Superior Tribunal Militar durante a ditadura (1964-1985).
O deputado Dr. Rosinha (PT-PR) ocupou a tribuna da Câmara nesta segunda-feira (11), para defender que a Comissão da Verdade seja “independente e ágil” e possa esclarecer as “gravíssimas” violações de direitos humanos ocorridos durante a ditadura militar no Brasil.
A afirmação é do presidente da OAB-RJ, Wadih Damous, que afirma ser necessário apoiar a Comissão da Verdade e pressionar para que agentes da ditadura militar sejam investigados
Por Rachel Duarte, de Sul 21
No transcurso do vigésimo-quinto aniversário do assassinato do ex-deputado e advogado de posseiros do Sul do Pará, Paulo Fonteles, ocorrido em 11 de junho de 1987 é, mais do que nunca necessário avaliar suas ideias e legado para atual fase da luta pela terra no Brasil.
Por Paulo Fonteles Filho*
As forças policiais chilenas reprimiram neste domingo (10) os familiares de vítimas da ditadura que decidiram protestar contra o ato organizado na região metropolitana de Santiago em homenagem ao ditador Augusto Pinochet, que governou o país durante 17 anos, com um saldo estimado em cinco mil mortes.
Confesso que fui ver para não acreditar no que veria. Fui ver a entrevista de Alberto Dines com o ex-policial Cláudio Guerra com maus olhos, com um espírito prévio para apontar as falhas, as mentiras no depoimento do matador de presos políticos.
Por Urariano Mota*
Dom Waldyr Calheiros deu abrigo e facilitou a fuga para outros países de diversos perseguidos políticos. Essa prática aliada à sua proximidade com movimentos sociais, especialmente sindicais, lhe valeu a alcunha de “responsável por toda a subversão no Vale do Paraíba”. Mas “nas costas de um bispo, há uma espécie de proteção natural”, garante. E a isso credita o fato de estar vivo e de nunca ter sido preso.
Por Ana Helena Tavares, do Quem tem medo da democracia?
As denúncias feitas pelo ex-delegado do extinto Departamento de Ordem Política e Social (Dops) Cláudio Guerra de que corpos de militantes de esquerda foram incinerados em uma usina de cana-de-açúcar no município de Campos dos Goytacazes, no norte fluminense, estão sendo investigadas pelo Ministério Público Federal (MPF) e pela Polícia Federal.