O grupo articulador do Comitê Facilitador da Sociedade dos Povos para a Rio+20 criticou a decisão da Organização das Nações Unidas (ONU) de ter assumido a economia verde como a grande solução para a crise ambiental atual.
O secretário-geral da Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável (Rio+20), Sha Zukang, disse hoje (9) que a crise internacional pode atrasar a implementação, em alguns países, do que vem sendo chamado de economia verde. A nova proposta do capitalismo, que deve ser o centro das discussões na Rio+20, é bastante criticada por organizações da sociedade civil, que alertam para as consequências, principalmente nos países onde as populações rurais ainda estão em seus territórios.
Por trás da posse da terras e da biodiversidade também se move uma poderosa indústria que, com um discurso “verde”, promete a manutenção das “benesses” do desenvolvimento em um mundo pós-petróleo através do domínio de tecnologias que incluem a engenharia genética, a biologia sintética e a nanotecnologia.