Anunciado como todo poderoso ministro da Economia de Jair Bolsonaro, Paulo Guedes antecipou que o foco de sua atuação será o controle de gastos públicos. Adepto da máxima liberal segundo a qual "quanto menos Estado, melhor", ele confirmou que sua gestão aprofundará o programa de Michel Temer. Serão prioridades a reforma da Previdência, as privatizações e o enxugamento da máquina pública. Traduzindo: ataque a direitos do trabalhador, entreguismo e corte de gastos sociais.
Neste momento de aumento do protecionismo no mundo, a estratégia seria uma jogada de perdedor.
Por Paulo Nogueira Batista Jr.
A proposta do candidato Jair Bolsonaro (PSL) de promover uma maior abertura comercial, reduzindo tarifas de importação para setores hoje protegidos, desagrada a indústria nacional. Sem citar nomes, o presidente da Confederação Nacional da Indústria (CNI), Robson Braga de Andrade, condenou a ideia. “O Brasil vive uma situação muito delicada do ponto de vista econômico para correr o risco de apostar em soluções aventureiras em detrimento da renda e do emprego de milhares de pessoas”, alertou.
Apologia à tortura, perseguição aos seus adversários, autoritarismo, machismo, homofobia, discriminação racial, falta de competência, corrupção e sonegação de impostos poderiam já ser bons motivos para não depositar seu voto no candidato Jair Bolsonaro (PSL). No entanto, há muito mais coisas embaixo do tapete.
Por Juliane Funro*
O economista norte-americano Eric Maskin, vencedor do Prêmio Nobel de Economia em 2007, combateu, esta semana, a candidatura de Jair Bolsonaro à Presidência do Brasil. "Bolsonaro ameaça destruir as próprias normas da democracia e levar o país de volta a um tempo mais sombrio. Espero fervorosamente que ele seja derrotado", declarou.
Entre os signatários está George Akerlof, Prêmio Nobel em Economia em 2001. Mais de 350 economistas assinaram o documento.
Para Wellington Leonardo da Silva, presidente do Conselho Federal de Economia, os planos do candidato pioram a já baixa mobilidade social brasileira.
Num eventual governo do candidato do PSL, o mercado interno sofrerá ainda mais com o colapso do consumo e investimento. A política fiscal, hoje de joelhos, estará morta e protestos serão reprimidos com violência.
Por Douglas Alencar*
Em análise no jornal Le Monde, economista francês alerta para consequências nefastas ao Brasil caso o candidato do PSL chegue ao poder.
O clima da disputa eleitoral nesse segundo turno tem nos dado a oportunidade de debater um projeto de país. Ainda que essas eleições estejam marcadas por baixarias e superficialidades de todo tipo, o clima polarizado – por outro lado – favorece a disputa em torno de um país, na medida em que ninguém pode dizer que nessa eleição estão disputando projetos “mais do mesmo.”
Por Juliane Funro*
Economistas explicam que programa do PSL gera desigualdade e prejudica economia.
Capitaneado pelo economista ultraliberal Paulo Guedes, propostas do candidato devem aprofundar desigualdades e ampliar a concentração de renda, aprofundando políticas do governo Temer.
Por Tiago Pereira