O presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), diz que a fala do deputado Eduardo Bolsonaro (PSL-SP) admitindo o uso de instrumento como o Ato Institucional número 5 (AI 5), usado na ditadura militar para aprofundar a repressão no país, é passível de punição no parlamento.
Quase três meses depois de ter sido anunciada pelo presidente Jair Bolsonaro, a indicação do deputado Eduardo Bolsonaro (PSL-SP) para assumir a embaixada brasileira nos Estados Unidos, ainda não oficializada pelo Executivo, está longe de ter os votos necessários para ser aprovada no Senado. Uma atualização de levantamento do Estadão mostra que, mesmo depois de fazer “campanha” na Casa, o filho “03” do presidente tem apenas 15 dos 41 votos necessários – mesmo número registrado em agosto.
A cientista política e especialista em relações internacionais, Ana Maria Prestes, analisa os acontecimentos que se sobressaem no cenário internacional. Nesta terça-feira (3), as notas destacam o resultado da viagem do filho de Jair Bolsonaro, Eduardo, pelos EUA, a confirmação da participação do presidente brasileiro na Assembleia Geral da ONU, no fim de setembro e ainda o reflexo da crise Argentina no Brasil.
A eventual designação do deputado federal Eduardo Bolsonaro como embaixador do Brasil nos Estados Unidos seria “uma notícia extremamente chocante”, uma medida inédita em países ocidentais. A avaliação é de Rubens Ricupero, ex-ocupante do cargo durante dois anos, entre 1991 e 1993. O posto é um dos mais prestigiosos da diplomacia brasileira.
Por Júlio Vellozo*
Deputado federal participou de um evento em Washington em que disse que brasileiros ilegais no exterior são "vergonha"; ele ainda defendeu que os Estados Unidos continuem exigindo visto de brasileiros, mesmo que o Brasil isente os norte-americanos