Depois dos desligamentos de energia ocorridos na segunda-feira (19), em 11 estados e no Distrito Federal, o governo federal anuncia que vai tomar medidas para reforçar a geração de energia no país. Segundo o ministro de Minas e Energia, Eduardo Braga, serão adicionados 1,5 mil megawatts (MW) ao sistema elétrico da Região Sudeste.
O ministro de Minas e Energia, Eduardo Braga, disse nesta terça-feira (20) que não houve falta de geração de energia no país nesta segunda (19), mas falha técnica. Segundo ele, um problema na linha de transmissão que leva energia do Norte para as regiões Sul e Sudeste do país resultou em descasamento entre a demanda e a geração, o que provocou variação de frequência e obrigou o desligamento de cargas e usinas.
A coordenadora institucional da associação de defesa dos direitos do consumidor Proteste, Maria Inês Dolci, afirma que as distribuidoras de energia são responsáveis por danos causados aos usuários em decorrência da interrupção do serviço. "O consumidor tem de buscar o direito de reparação, que é uma responsabilidade da concessionária".
O corte de luz ocorrido nesta segunda-feira (19) em dez estados brasileiros, provocado por uma sobrecarga no sistema, em razão do consumo excessivo decorrente do recorde de calor nas capitais brasileiras, reacendeu uma esperança na oposição e em seus braços nos meios de comunicação: a de que a presidenta Dilma Rousseff, ex-ministra de Minas e Energia, decrete um racionamento, assim como fez o ex-presidente FHC, em 2000.
A falta de energia afetou estados das regiões Sul, Sudeste e Norte do país na tarde desta segunda-feira (19). Os estados de São Paulo, Rio de Janeiro, Espírito Santo, Minas Gerais, Amapá e Paraná foram prejudicados.
Em 2014, 550 agentes públicos foram expulsos por envolvimento em atividades contrárias à Lei 8.112/1990 (que rege o funcionalismo público federal). Os dados constam de levantamento divulgado terça-feira (6) pela Controladoria-Geral da União (CGU).
O aquecimento de água em residências por meio do calor do sol vai aumentar dos atuais 5% para 24% até 2050, diminuindo o uso de energia elétrica para esse fim e reduzindo também os custos para os moradores.
A partir desta quarta-feira (31), os prefeitos de todos os municípios brasileiros deverão assumir os ativos de iluminação pública, que atualmente estão sob gestão das distribuidoras de energia. Segundo a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), a medida busca atender à Constituição Federal, que determina que a iluminação pública seja de responsabilidade municipal.
A partir de amanhã (1º) começa a vigorar o sistema de bandeiras tarifárias, que vai adicionar um valor na tarifa de acordo com a necessidade do consumo dessa energia. Já no primeiro mês de cobrança, os consumidores receberão suas contas com a bandeira vermelha. Isso vale para os quatro subsistemas do Sistema Interligado Nacional (SIN), o que significa um acréscimo de R$ 3 para cada 100 quilowatts-hora (kWh) consumidos.
O ministro de Minas e Energia, Edison Lobão, participou nesta terça-feira (23) de café da manhã com jornalistas, comemorou os avanços do setor elétrico em 2014 e assegurou que o País não terá racionamento de energia em 2015.
O programa Luz para Todos, lançado em 2003, já investiu cerca de R$ 20 bilhões na iniciativa de levar luz elétrica às regiões mais distantes do País. O programa conseguiu levar energia elétrica para mais de 3 milhões de famílias brasileiras.
O Ministério de Minas e Energia publicou nesta segunda-feira (22), no Diário Oficial da União, portaria que estabelece as diretrizes para a realização de um leilão de energia marcado para o dia 24 de julho de 2015. O início de suprimento está previsto para janeiro de 2018 para todas as fontes de energia.