Há 7 meses, o trabalhador sem-terra, Lázaro Pereira da Luz foi preso sob a acusação de ter ocupado a Fazenda Itaquara, em Itapaci, Goiás. Filiado à Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB) e ao Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), "mesmo sem provas de crime algum ele continua preso", afirma Ailma Maria de Oliveira, presidenta da CTB-GO.
Em Goiás, a juíza Eliana Xavier Jaime atendeu pedido do Ministério Público estadual e determinou a suspensão do Edital de Chamamento Público nº 3/2016, que trata da seleção de Organizações Sociais (OS) na área da educação.
Em tempos em que a ameaça de retrocessos paira sobre os direitos das mulheres, a reafirmação de direitos básicos no Sistema de Justiça já seria digno de nota. O teor da decisão, porém, é o que chama atenção por, não só afastar a tentativa de criminalização de manifestações, mas reconhecer a legitimidade e criatividade de um ato promovido no final de 2015 por alunas da Universidade Federal de Goiás com cartazes afirmando:"Tire seus rosários dos meus ovários".
Num momento em que lutadores da Reforma Agrária se encontram encarcerados em Goiás, 45 famílias ligadas ao MST comemoraram na sexta-feira (23) a posse dos 1,3 mil hectares da antiga Fazenda Buriti/Corumbá Velho, que o Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) declarou de interesse social após a propriedade ter utilizado trabalho análogo à escravidão.
O candidato a prefeito da Itumbiara, em Goiás, José Gomes da Rocha, morreu baleado na tarde desta quarta-feira (28), enquanto participava de uma carreata de sua campanha, ao lado do vice-governador (governador em exercício) e secretário de Segurança Pública, José Eliton (PSDB). Outras duas pessoas, um assessor do candidato e seu segurança, também foram baleadas no mesmo atentado. O atirador foi morto pelo segurança. O líder do PTB Jovair Arantes, que participou da carreata, saiu ileso.
O clipe e a música, Jardim do Meu País, da banda Asas de Aquarela, das irmãs cantoras e compositoras Amábile Bornacci e Amanda Mushroom, foram lançados em setembro, no canal no Youtube. O conteúdo audiovisual expõe problemas sociais e políticos do Brasil e sugere que a sociedade se una e lute por melhorias.
Está em curso no Brasil um persistente processo de criminalização contra os movimentos sociais e o seu objetivo é bloquear a luta por direitos. Se por um lado as forças conservadoras, representadas pelo agronegócio e a mídia tradicional, continuam mantendo a escalada da violência que afeta principalmente a população de baixa renda do campo e das cidades; por outro lado esta mesma violência vem travestida em nova roupagem, onde o Judiciário vem desempenhando um triste papel.
O Ministério Público Federal (MPF) aponta em denúncia na Operação Decantação, que o presidente do PSDB Goiás, Afrêni Gonçalves atuava junto ao diretor da empresa de saneamento do governo do estado (Saneago), José Taveira Rocha "para favorecer aliados políticos". Eles e mais 31 são acusados de participar do esquema que desviou recursos do PAC para campanhas tucanas. Na denúncia, a Procuradoria descreve Afrêni Gonçalves como "líder político da organização criminosa".
O Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) repudia a intensa violência do Estado aos trabalhadores e trabalhadoras rurais sem terra – ao negar a terra e ao usar intensa força policial repressora. Nesta quinta-feira (8), as mil famílias da ocupação Adão Pretto sofreram arbitrário despejo em Formosa, Goiás.
A fazenda Saco de Bom Jesus no município de Formosa, interior de Goiás, foi ocupada, na madrugada desta quinta-feira (6) pelos trabalhadores do Movimento dos Sem Terra (MST). De propriedade da senadora Ana Amélia (PP-RS), a propriedade, com extensão de 1.909 hectares, foi declarada improdutiva. A ação faz parte do conjunto de mobilizações realizadas pelo país pela Jornada de Lutas Unitária dos Trabalhadores e Trabalhadoras e Povos do Campo, das Aguas e das Florestas.
A Polícia Federal deflagrou nesta quarta-feira (24) a Operação Decantação com o objetivo de desarticular uma organização criminosa responsável pelo desvio de cerca de R$ 4,5 milhões em recursos federais a partir de uma empresa pública do estado de Goiás. O presidente do PSDB em Goiás, Afrêni Gonçalves e o presidente da Empresa de Saneamento de Goiás S/A (Saneago) José Taveira Rocha foram presos por envolvimento no esquema.
Na opinião do coordenador do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra de Goiás, Gilvan Rodrigues, não existem motivos para Luiz Batista e Valdir Misnerovicz estarem presos. “Isso na verdade é arbitrariedade do Judiciário goiano”, declarou. O MST aguarda a publicação da decisão do Tribunal de Justiça do Estado, que negou o habeas corpus aos militantes do movimento, para recorrer ao Superior Tribunal de Justiça (STJ).
Por Railídia Carvalho