O jornalista João Miranda do Carmo, de 54 anos, e militante do PCdoB de Goiás, foi morto na noite de domingo (24) em sua residência, na cidade de Santo Antônio do Descoberto, que fica na região do entorno do Distrito Federal.
O governo de Goiás cancelou edital que transferiria a administração de 31 institutos e 45 colégios de ensino tecnológico para organizações sociais (OS) na semana passada. De acordo com a Secretaria de Desenvolvimento Econômico, Científico e Tecnológico, a medida foi adotada para adequação do chamamento a nova legislação de contratação de OS do estado. Não há data para que o processo seja retomado.
O golpe das elites e a resistência popular
A Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) e a Conferência Nacional dos Religiosos do Brasil (CRB), reunindo 70 participantes vindos de 20 Estados e do Distrito Federal, durante encontro em Brasília (DF), entre os dias 29 de abril e 1º de maio, tomou conhecimento dos recentes atos de perseguição promovidos por setores do Ministério Público, do Judiciário e do Governo do Estado de Goiás, contra os que lutam a favor da reforma agrária e da afirmação da democracia.
Depois do forte movimento contra a terceirização da educação de Goiás, por meio da transferência da administração escolar para Organizações Sociais (OSs), o governador Marconi Perillo (PSDB) e a secretária de Educação, Raquel Teixeira, finalmente admitiram o que estudantes, professores e Ministério Público já sabiam: nenhuma entidade que se candidatou para cuidar das escolas estava apta para tarefa, conforme resultado do processo divulgado na última quarta-feira (23).
O cientista político Francisco Fonseca acredita que o Brasil vive um golpe midiático. Em entrevista à TVT, ele avaliou que o golpe também é jurídico.
A Ordem dos Advogados do Brasil, Seção de Goiás (OAB-GO), recomendou, na noite de ontem (2), a suspensão do edital de seleção das organizações sociais (OSs) que assumiriam a gestão compartilhada de escolas do estado e pediu diálogo entre os interessados.
A Secretaria Estadual da Educação de Goiás divulgou na sexta-feira (26) o nome das cinco organizações sociais (OS) consideradas habilitadas a prosseguir no processo licitatório que vai escolher gestores privados para 23 escolas estaduais da região de Anápolis. Outras cinco foram desclassificadas por pendências na documentação, razão pela qual a primeira sessão de abertura dos envelopes, há dez dias, foi suspensa.
São Paulo, Paraná e Goiás, ganharam destaque recentemente pela truculência dos seus governadores. São cada vez mais crescentes as denúncias envolvendo o descaso com os professores, os apadrinhamentos à iniciativa privada e grande mídia, desvios de verbas e, na maioria das vezes, a truculência da Polícia Militar com os que não se calam diante do quadro caótico educacional.
Por Laís Gouveia
O Ministério Público de Goiás pode abrir uma ação civil pública contra o governo goiano para impedir que a gestão de 23 escolas estaduais seja transferida para organizações sociais, como prevê um projeto do governador Marconi Perillo (PSDB), que já está em fase de licitação.
Após identificar pontos inconstitucionais no edital de chamamento de Organizações Sociais (OS) para administrar 23 escolas em Goiás, o Ministério Público Federal, o Ministério Público (MP-GO) e o Ministério Público de Contas do Estado recomendaram o adiamento da convocação até que as irregularidades sejam solucionadas.
De acordo com informações publicadas na tarde desta quarta-feira (17) na página Secundaristas em Luta – GO no Facebook, foram liberados todos os presos que estavam sob custórida do Estado após terem ocupado a secretaria estadual de Educação contra a implantação das organizações sociais (OSs) nas escolas. “Sem fiança e sem medida cautelar. Foram liberados ja e recebidos com muita solidariedade e alegria!”, anunciava a postagem na rede social.