A greve de advertência de três dias aprovada pelos petroleiros para acontecer em todo o país nesta quarta-feira (30) coloca mais pressão sobre o presidente da Petrobras, Pedro Parente. Conhecido como ministro do apagão do governo Fernando Henrique Cardoso, Parente tem contra si o desgaste da greve de uma semana dos caminhoneiros autônomos e inúmeros pedidos – de parlamentares de oposição e aliados do governo – para que ele seja demitido.
Por Railídia Carvalho
Com o lema “Deixe o petroleiro trabalhar que o preço do combustível vai baixar” a Federação Única dos Trabalhadores (FUP) realizou nesta segunda-feira (28) um Dia Nacional de Luta pelo Brasil em defesa das refinarias da Petrobras. Os atos desta segunda são um "esquenta" para a paralisação de 72 horas aprovada pelos trabahadores.
Por Railídia Carvalho
Desenvolve-se no Brasil mais uma manifestação política típica de seu contexto de crise, marcada por um Governo ilegítimo e, sem autoridade, impulsiona a instabilidade e a incerteza sobre os destino do país. Não reúne sequer a condição de mediar conflitos sociais.
Por Divanilton Pereira*
As Frentes Brasil Popular e Povo Sem Medo emitiram nota conjunta em que responsabilizam Michel Temer e Pedro Parente pelas causas da greve dos caminhoneiros e suas consequências. As Frentes condenam o uso das Forças Armadas, demonstrando a incapacidade de Temer de responder aos anseios da população. A nota condena a política de preços adotada por Pedro Parente e defende sua saída da Petrobras.
Em larga medida, a crise atual é também fruto da estupidez de todos os governantes, de todos os partidos, que investiram primordialmente em rodovias em um País de dimensões continentais, uma opção que não teve um centímetro de “técnica” e que atendeu apenas aos interesses das montadoras e das empreiteiras.
Por Marcos Rolim
Na opinião das seis centrais sindicais brasileiras a autorização do governo Temer para o uso das forças armadas como repressão à greve dos caminhoneiros vai acirrar o conflito. "é querer apagar fogo com gasolina", afirmaram as entidades em nota divulgada nesta sexta-feira (25).
Nesta sexta-feira (25) Michel Temer autorizou o uso das Forças Armadas para desbloquear rodovias ocupadas pela greve dos caminhoneiros, que chegou ao quinto dia. Dirigentes sindicais do setor e parlamentares criticaram a medida, afirmando que Temer apela para o uso da força ignorando as reivindicações dos manifestantes.
No início da tarde desta sexta-feira (25), o presidente Michel Temer anunciou que o governo deverá acionar as forças federais ( Marinha, Exército, Aeronáutica, Polícia Federal, Polícia Rodoviária Federal e Força Nacional de Segurança ) para desobstruir as rodovias em razão da mobilização nacional dos caminhoneiros, que entrou no seu quinto dia e já causa um grande impacto nacional.
“O que começou como um movimento legítimo pode trazer outras leituras de compreensão dos fatos, com um sintoma de como podemos construir leituras da realidade brasileira.”
Alexandre da Maia*
Integrantes do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) levaram nesta sexta-feira (25) alimentos aos caminhoneiros em greve em São Paulo. “É uma visita de solidariedade aos trabalhadores e também estamos dialogando com eles sobre o golpe que aconteceu no Brasil, a prisão do ex-presidente Lula e a tentativa do atual governo de vender a Petrobras. Se isso acontecer os caminhoneiros e a sociedade brasileira serão prejudicados”, afirmou Alexandre Conceição, da direção nacional do MST.
Na manhã desta quarta-feira (23), uma greve surpresa de oito horas parou a refinaria Gabriel Passos, em Betim (MG). A paralisação faz parte de um “pacote” de atos preparativos para a greve dos petroleiros contra o desmonte, a privatização e a política de preços dos combustíveis adotada pela Petrobras depois do golpe.
Por André Accarini
Toda crise é iniciada a partir de fatos concretos. O rumo que eles vão tomando no desenrolar dos acontecimentos depende da ação dos atores e dos interesses em jogo.
Por Ricardo Capelli*