Dois anos depois do terremoto que devastou Porto Príncipe e toda a região circundante, a reconstrução no Haiti encontra-se praticamente parada. Na capital, permanecem bairros inteiros em escombros e mesmo a catedral que, no dia 12, recebeu as cerimônias em memória das vítimas, continua por reconstruir.
A Missão das Nações Unidas para a Estabilização no Haiti (Minustah) reiterou seu compromisso de punir qualquer membro envolvido nos supostos crimes sexuais contra menores haitianos. Mariano Fernandez, chefe da missão, disse que “continuará a tomar medidas rigorosas para garantir, se for o caso, que os culpados sejam punidos."
As Nações Unidas anunciaram nesta segunda-feira (23) que estão investigando dois casos de "exploração sexual" de crianças por parte de policiais de sua missão no Haiti.
Depois de dois anos de frustração com a lenta reconstrução do país destruído pelo terremoto, haitianos dizem que foram deixados de lado enquanto as empresas estadunidenses abocanham a maioria dos contratos – e do dinheiro – destinados a obras de infraestrutura e assistência.
Por Aldo Jofre Osório
O Ministério da Saúde determinou que a partir desta quarta-feira (19) serão liberados R$ 1,3 milhão para o estado do Acre. A portaria foi publicada no Diário Oficial da União desta quinta-feira (18). De acordo com o texto, os recursos serão usados nos serviços de saúde destinados aos haitianos que se instalaram no estado.
O Ministério das Relações Exteriores deverá ter um balanço dos pedidos de visto requeridos sexta-feira (20) pela Embaixada do Brasil em Porto Príncipe, capital do Haiti. O governo brasileiro publicou, na última sexta-feira (13) no Diário Oficial da União resolução do Conselho Nacional de Imigração que limita a entrada de haitianos a 1,2 mil por ano.
O ex-ditador haitiano Jean Claude Duvalier, acusado de crimes de lesa humanidade, completa nesta segunda-feira (16) um ano de seu regresso ao país sem enfrentar julgamento, apesar das mais de 20 acusações apresentadas contra ele.
Por José Eduardo Cardozo e Antonio Patriota
Neste mês de janeiro, o mundo recorda um momento de dor: o terremoto que vitimou mais de 300 mil pessoas no Haiti, em 2010. Entre elas, estavam os brasileiros Zilda Arns, Luis Carlos da Costa e 18 militares. O Brasil, já comprometido com a causa do desenvolvimento haitiano, aprofundou seu apoio à reconstrução do país.
“Vocês são brancos mesmo?”, perguntavam-se os haitianos que se juntavam em grupinhos para vê-los trabalhar e sujar as mãos de terra. O ato de pegar na enxada e se inclinar sobre a plantação para trabalhar na roça, carregar fardos de palha ou tirar água de um poço chamava a atenção dos negros, que paravam para contemplar a cena, abismados e imóveis por 20, 30 minutos.
A resolução do Conselho Nacional de Imigração que prevê a emissão limitada de vistos de trabalho para haitianos foi publicada nesta sexta-feira (13) no Diário Oficial da União. O visto está sendo concedido por razões humanitárias e será condicionado ao prazo de cinco anos, circunstância que constará da Cédula de Identidade do Estrangeiro.
Eram quase 16h53 do dia 12 de janeiro de 2010 e, até então, aquele entardecer parecia o de uma terça-feira qualquer para Jacques Lemmony; não imaginava que uns segundos depois sua história e a do Haiti mudariam para sempre.
O secretário-geral da Organização das Nações Unidas (ONU), Ban Ki-moon, homenageou as mais de 200 mil pessoas que morrereram no terremoto do Haiti há dois anos. Para ele, é fundamental que a comunidade internacional mantenha o apoio econômico e financeiro ao país, pois a reconstrução ainda é um desafio para as autoridades haitianas, que enfrentam uma epidemia de cólera.