A aprovação pelo Congresso Nacional de Honduras de 47 contratos de produção de energia renovável provocou o rechaço de povos indígenas e afrocaribenhos e de várias organizações sociais. Segundo eles, a concessão de rios e também o processo de licitação para contratação de energia renovável devem gerar ganhos milionários para poucos grupos de empresários – que já controlam a produção de energia térmica – e mais pobreza para as populações locais.
A Frente Nacional de Resistência Popular rechaçou, por unanimidade, o diálogo proposto pelo presidente de Honduras, Porfírio Lobo, após advertir que ainda estão no poder as estruturas que apoiaram o golpe de Estado.
Um ano depois do golpe de Estado em Honduras, os recentes acontecimentos no Equador demonstram que setores opostos às mudanças na região estão ativos e constituem uma ameaça para os processos democráticos em curso.
Por Carmen Esquivel
Neste final de semana teve lugar em Tegucigalpa, Honduras, o Foro Povo Pensamento sobre a participação do imperialismo no golpe que derrubou o presidente Manuel Zelaya. Considerado pelo democratas e forças progressistas do país e de toda a América Latina como o presidente legítimo, Zelaya, hoje coordenador da Frente Nacional de Resistência Popular, participou do Foro via internet. Vermelho publica trechos de sua intervenção.
Na abertura da 65ª Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas (ONU), em Nova York, o ministro das Relações Exteriores, Celso Amorim, criticou hoje (23) o golpe de Estado em Honduras, ocorrido há mais de um ano. Amorim associou o reconhecimento do governo do presidente hondurenho, Porfirio Pepe Lobo, ao retorno, sem punições, do presidente deposto do país, Manuel Zelaya.
Milhares de pessoas se mobilizaram no último dia 7 em nível nacional no marco da "greve cívica" convocada pela Frente Nacional de Resistência Popular (FNRP), para repudiar e "exigir que se detenha esta ofensiva neoliberal contra os pobres".
O Continente Sul-Americano vive nova crise, desta vez entre o Equador e Honduras. O presidente do Equador, Rafael Correa, chamou hoje (4) de "insolente" o ministro das Relações Exteriores de Honduras, Mario Canahuati. A tensão foi causada porque Correa revelou publicamente que havia um segundo sobrevivente, de origem hondurenha, do massacre que matou 72 imigrantes na fronteira entre o México e os Estados Unidos.
A Frente Nacional de Resistência Popular (FNRP) de Honduras realizou uma Assembleia Geral Aberta esta semana e decidiu convocar a população do país para participar de uma greve cívica nacional no próximo dia 7, terça-feira. O objetivo é protestar, principalmente, contra a norma que prevê pagamento aos trabalhadores, por hora de trabalho, e não por salário fixo.
No domingo (29), a Frente Nacional de Resistência em Honduras ultrapassou a marca de um milhão de assinaturas para a 'declaração soberana'. O documento pede a instalação de uma Assembleia Nacional Constituinte e o retorno de Manuel Zelaya, Pe. Andrés Tamayo Cortez e mais 200 pessoas que foram expatriadas após o golpe de Estado militar de 28 de junho de 2009.
Com a morte de Israel Zelaya, já são 10 os jornalistas assassinados em Honduras no ano em curso, informaram nesta quarta-feira, 25, as autoridades.
Os trabalhadores reclamam que o Governo de Porfírio Lobo, sucessor do regime golpista, não decretou o aumento salarial enquanto que os custos da cesta básica e da atenção sanitária são cada vez mais elevados. A paralisação geral dos empregados hondurenhos também busca respaldar o protesto dos professores da nação, a quem o Governo deve mais de 159 milhões de dólares.
Governados por presidentes abertamente de direita, México e Chile anunciaram que pretendem regularizar suas relações com Honduras. A investida soa como uma trégua injustificável a um país cujo presidente, Porfirio Lobo, não é reconhecido por parte da comunidade internacional. Lobo foi eleito no pleito convocado após a deposição golpista do então mandatário, Manuel Zelaya.