Dados do próprio governo federal confirmam que houve cortes nos recursos destinados a evitar e combater queimadas na região amazônica, “colocando o Brasil na mira de críticas internacionais por conta da preservação ambiental”, aponta reportagem do jornal O Globo deste sábado (24).
O processo de destruição da Amazônia, que atingiu seu ápice durante esta semana com o aumento exponencial das queimadas, e que vem chamando a atenção de todo o mundo, assusta, mas não deveria surpreender.
Por Ivan Longo*
Além dos atos e protestos ocorridos no fim da tarde desta sexta-feira (23) e outras dezenas de manifestações marcadas para acontecer em diversas cidades neste sábado (24), o pronunciamento do presidente Jair Bolsonaro em cadeia de rádio e televisão, na noite desta sexta (23), provocou milhares de brasileiros. Aos gritos de "Fora Bolsonaro", panelaços, vuvuzelas, assovios, vaias foram ouvidos em várias cidades do país.
Representante do Conselho das Populações Extrativistas, Angela Maria Feitosa Mendes vivencia o fogo na Amazônia a partir do Acre. "Meu pai estaria muito triste, e organizaria um grande embate", afirma em entrevista à DW.
A Finlândia, que assumiu a presidência da União Europeia no começo de julho, pediu nesta sexta-feira (23) ao bloco que estude a possibilidade de banir a importação de carne brasileira por causa dos incêndios na floresta amazônica.
“Reze pela Amazônia”. Por várias semanas, os cidadãos estão se movendo pelas redes sociais por causa de incêndios florestais que estão devastando a região. Segundo o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE), as queimadas aumentaram 83% desde o início de 2019 em relação ao ano anterior. O desmatamento cresceu 67%. Um aumento ainda mais preocupante, já que este é um recorde desde 2013.
Por Laura Motet*, no Le Monde Francês