O conjunto de seminários do projeto Brasilianas tem permitido diagnósticos preciosos sobre o atual estágio do desenvolvimento brasileiro. É caso da indústria naval brasileira, um caso de sucesso de política industrial.
Por Luis Nassif*, no Jornal GGN
O Programa de Modernização e Expansão da Frota da Transpetro (Promef) começa o ano de 2015 com oito petroleiros em operação, 15 navios em construção – sendo seis na fase de acabamento – e oito com previsão de entrega até o fim do ano.
A indústria naval brasileira experimentou um período de grande crescimento entre as décadas de 1950 e 1980, empregando mais de 40 mil trabalhadores. A partir dos anos 1990, com o neoliberalismo do PSDB, houve um desmonte do setor. Milhares foram demitidos, entre os quais me incluo. Em 1997, depois de deixar o cargo de prefeito de Angra dos Reis fui reintegrado ao Verolme (hoje BrasFels). Naquele mesmo ano fiz parte da lista dos últimos 800 funcionários do estaleiro demitidos.
Por Luiz Sérgio*
Os trabalhadores de Angra dos Reis, no litoral do Rio de Janeiro, realizarão nesta quinta-feira (16) um ato de apoio à reeleição de Dilma Rousseff e ao fortalecimento da indústria naval.
Nestes tempos de baixo crescimento da economia e às vésperas de uma eleição que pode definir os rumos do Brasil para as próximas décadas, vale a pena observarmos com maior cuidado um setor fundamental para o desenvolvimento do país: a indústria naval.
Por Alex Ferreira dos Santos*, para o Portal Vermelho
Uma das maiores conquistas dos trabalhadores no governo Lula foi sem dúvida a recriação da indústria naval no país. Sua base de sustentação sempre esteve vinculada à política de 60% de conteúdo nacional para aquisição de plataformas petrolíferas pela Petrobras.
Por Edmilson Valentim*
A deputada federal e candidata à reeleição, Jandira Feghali (PCdoB-RJ), que tem acompanhado desde o início a luta dos trabalhadores do Estaleiro Ilha do Governador (EISA) participou de audiência pública com trabalhadores na Assembleia Legislativa (Alerj), o Sindicato dos Metalúrgicos (Sindimetal/RJ) e parlamentares. A reunião foi marcada por notícias sobre a retomada das atividades.
O crescimento da indústria naval brasileira em torno de 19,5% ao ano desde 2000, somado a investimentos que alcançam quase R$ 150 bilhões, consolidaram o setor no país. A opinião é do coordenador de Infraestrutura Econômica do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), Carlos Campos Neto. “Esses investimentos significam que a indústria naval está consolidada no país”.
A presidenta Dilma Rousseff lembrou, no programa “Café com a Presidenta”, de segunda-feira (21), a inauguração do navio Dragão do Mar e o batismo do petroleiro Henrique Dias, na última semana. Dilma destacou os esforços do governo federal pela retomada da indústria naval, que, hoje, é forte, pujante e emprega quase 80 mil trabalhadores em estaleiros no Nordeste, Sudeste e Sul do país. E o número deve aumentar, chegando a 100 mil em 2017.
A Transpetro, braço logístico da Petrobras, colocou em operação nesta última terça-feira (14) o navio José Alencar, cujo nome homenageia o ex-vice-presidente da República no governo Lula. Produzido totalmente no Brasil, dentro do programa de revitalização da indústria naval brasileira, iniciado por Lula em 2003, essa é a sexta embarcação a ser incluída na frota em dois anos, finalizando o primeiro lote de encomendas aos estaleiros brasileiros.
A indústria naval brasileira deverá gerar 30 mil novos empregos nos próximos dois anos. A projeção é do Sindicato Nacional da Indústria de Construção e Reparação Naval e Offshore (Sinaval).
Cumprida a primeira etapa das orientações governamentais de reativar e dar competitividade à indústria naval brasileira, tirando-a da inércia em que ela se encontrava, o objetivo agora é dar ganho de escala para que o setor possa se tornar competitivo no mercado internacional.