A pesquisa Focus do Banco Central divulgada nesta segunda-feira (18) apontou que economistas de instituições financeiras reduziram pela segunda semana seguida a projeção para a inflação em 2016, a 5,50%, ante 5,51% anteriormente.
O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas (IBGE) divulgou, nesta sexta-feira (8), os números da inflação oficial do país, calculada pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA). De acordo com os dados, a inflação perdeu força e ficou em 0,71% em abril – a menor taxa registrada entre os meses de 2015. Comparada aos meses de abril de outros aos, a taxa é a maior desde 2011, quando ficou em 0,77%.
Analistas e investidores aumentaram a projeção do patamar de encerramento da taxa básica de juros neste ano. De acordo com as previsões, a Selic, hoje em 13,25%, deve chegar a 13,5% ao ano no final de 2015. Para 2016, a projeção dos juros básicos subiu de 11,5% para 12% ao ano. As previsões estão no boletim Focus, pesquisa com instituições financeiras que é divulgada semanalmente pelo Banco Central.
A queda de 0,10 ponto percentual no Índice de Preços ao Consumidor Semanal (IPC-S) na semana encerrada em 30 de abril, comparada à semana encerrada no último dia 22 (de 0,71% para 0,61%), reflete a retração de preços em quatro das sete capitais pesquisadas pelo Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (Ibre/FGV).
O Índice de Preços ao Consumidor Semanal (IPC-S) apresentou redução na intensidade de alta ao passar de 0,93% para 0,71% na terceira prévia de abril. No começo do mês, a taxa oscilou 1,22%, abaixo do registrado no fechamento de março (1,41%). A principal influência para a queda na pressão inflacionária partiu do grupo habitação: o índice alcançou 1,21%, abaixo da variação observada no último levantamento que foi 2,08%.
A prévia da inflação oficial, medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo-15 (IPCA-15), ficou em 1,07% em abril deste ano. A taxa é inferior à observada no mês anterior (1,24%). No entanto, a taxa é a maior para o mês de abril desde 2003, quando a taxa ficou em 1,14%. O IPCA-15 acumula taxas de 4,61% no ano e 8,22% em 12 meses.
O Índice de Preços ao Consumidor Semanal (IPC-S) atingiu 0,93%, na segunda prévia de abril (encerrada em 15 de abril), taxa 0,29% menor do que a registrada na apuração anterior (fechada em 7 de abril), quando os preços subiram em média 1,22%.
Depois de 14 semanas em elevação, o mercado financeiro reduziu a expectativa em relação à inflação: o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), estimado para 2015, caiu de 8,20% para 8,13%. O índice esperado, porém, está acima do teto superior da meta, que é 6,5%.
O ministro da Fazenda, Joaquim Levy, disse nesta quarta-feira (8) que o Banco Central tem sido claro na defesa do controle do índice, o que dá “total conforto” ao governo.
De acordo com a Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), a inflação no grupo das 20 maiores economia do mundo, conhecido como G-20, subiu para 2,7%, de 2,5% em janeiro, mas permaneceu bem abaixo da máxima de 2014, de 3,2% registrada em maio.
O Índice de Preços ao Consumidor (IPC), medido pela Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe), na cidade de São Paulo, encerrou o mês de março em alta de 0,7%, inferior à variação registrada em fevereiro último, quando a taxa havia atingido 1,22%.
O boletim Focus, pesquisa feita semanalmente pelo Banco Central (BC), divulgada nesta segunda-feira (23) estima que o dólar fechará o ano cotado a R$ 3,15. Na sexta-feira (20), a moeda norte-americana encerrou o pregão cotada a R$ 3,296, o maior valor desde 1° de abril de 2003, quando havia fechado em R$ 3,304.