Em 2015, o número de atos contra pessoas ou instituições muçulmanas na França triplicou em relação ao ano anterior, disse à Agência Lusa Abdallah Zekri, presidente do Observatório Francês contra a Islamofobia.
Os recentes atentados de Toulouse e Montauban mudaram o tom do debate sobre o Islã durante a campanha eleitoral francesa. Os temas de predileção da extrema-direita – imigração, insegurança e a ameaça de “islamização” da França – voltaram ao primeiro plano e a comunidade muçulmana se sente na mira, sob o pretexto da segurança nacional. O primeiro turno da eleição acontece em 22 de abril.
Por Kênya Zanatta*
Cemitérios profanados, mesquitas pichadas, mulheres insultadas ou obrigadas a retirar o véu estão entre as quase 300 denúncias de islamofobia coletadas em 2011 pelo Coletivo Contra a Islamofobia na França (CCIF). Um número que a organização acredita ser muito menor do que a quantidade real de ocorrências.
Por Kênya Zanatta*