No fim de janeiro deste ano, o procurador Deltan Dallagnol começou a negociar com a Caixa Econômica Federal (CEF) alternativas de investimento nos procedimentos para organizar a fundação que administraria o fundo de R$ 2,5 bi formado com dinheiro da Petrobras. O acordo foi suspenso em 12 de março.
Por Gabriela Coelho
“O sinistro plano da Lava Jato de criar um fundo bilionário acabou, mas restam muitas questões. Afinal, o que era mesmo que ela pretendia com o fundo? Era uma iniciativa legítima? Ser era, por que desistiu? E por que foi repreendida por tanta gente? Qual é a relação da Lava Jato com o departamento de Justiça dos EUA? Que serviços a ele prestou?”, pergunta Haroldo Lima.
A procuradora-geral da República (PGR), Raquel Dodge, entrou com uma ação liminar no Supremo Tribunal Federal (STF), pedindo o fim do acordo da força-tarefa de Curitiba e a Petrobras que garante um fundo bilionário sob o controle dos procuradores da Lava Jato. O pedido de Dodge foi remetido diretamente ao presidente do Supremo nesta terça-feira (12).
Como admitiu em nota nesta terça (12), a força-tarefa da Operação Lava jato anunciou que propôs a suspensão da criação de uma fundação privada com recursos de R$ 2,5 bilhões, resultado de um acordo bilionário firmado entre o Ministério Público Federal (MPF) de Curitiba, Petrobras e Departamento de Justiça dos Estados Unidos.
Os procuradores da Operação Lava Jato, capitaneados por Deltan Dallagnol, estão prestes a criar um fundo bilionário com recursos retirados da Petrobras, que, de uma só tacada, altera a letra da Constituição, cria novas funções institucionais para o Ministério Público no Brasil, afronta o Código Penal ao dar destino privado para verbas públicas e reduz a pó a prerrogativa da maior estatal brasileira de lutar pelos seus direitos na Justiça.
Por Vinícius Segalla, no DCM
Seria importante que mídia, Judiciário, juristas, partidos políticos, se dessem conta, enquanto é tempo, do monstro político que estão criando.
Por Luis Nassif
A estrutura policial montada dentro da Receita Federal para investigar "agentes públicos" não existe apenas para fins tributários.
Por Pedro Canário, do Conjur
Na última sexta-feira (15), o jornalista Luis Nassif publicou artigo no Portal GGN analisando como o anúncio de uma suposta Lava Jato na Educação, em parceria entre os ministros da Educação, Ricardo Vélez Rodrígues, e da Justiça, Sérgio Moro (usando a marca que o tornou conhecido como juiz), representa a inauguração oficial do estado policial no Brasil.
Por Tascia Souza, no site da Contee
A operação “Ad Infinitum”, 60ª fase da Lava Jato, promoveu nesta terça-feira (19) um cerco ao PSDB-SP – o diretório tucano que abriga nomes como José Serra, Geraldo Alckmin e João Doria. Deflagrada pela Polícia Federal de Curitiba, a ação prendeu o ex-diretor da Dersa e homem-bomba do PSDB, Paulo Preto. A PF também cumpriu mandados de busca e apreensão em endereços ligados ao ex-senador Aloysio Nunes, que foi chanceler no governo Temer e hoje preside a estatal paulista Investe SP (gestão Doria).
Três anos depois de realizar uma midiática operação de busca e apreensão no Instituto Lula e na casa do ex-presidente e de seus filhos, em 2016, a Lava Jato devolveu os materiais que foram arbitrariamente levados pelos policiais. Apesar da demora na retenção dos objetos, a operação não encontrou nenhum indício que tenha colaborado para as investigações.
O governador do Maranhão, Flávio Dino, que considerou “absurdamente precária e dissociada de provas” a decisão do ex-juiz Sergio Moro ao condenar Lula no caso do tríplex do Guarujá, disse que a nova condenação proferida pela juíza Gabriela Hardt, envolvendo o sítio de Atibaia, segue o mesmo padrão da produzida por Moro, a quem a juíza substituiu na Lava Jato.
Em nota, a direção nacional do PT afirma que a condenação de Lula vem no momento em que o ex-presidente é indicado ao Prêmio Nobel da Paz por mais de meio milhão de apoiadores. O partido diz ainda que a juíza Gabriela Hardt, que ficou no lugar de Sérgio Moro, condenou Lula sem provas no caso do sítio de Atibaia.