“Sem Kadafi, Trípoli vive revolução no cotidiano”, é o título da reportagem do New York Times, que comemora “a transformação acelerada” da capital líbia após o assassinato do líder, “com mudanças de hábitos de sua população que antes seriam vistos como uma séria afronta ao regime”.
Por Leonardo Wexell Severo*
Aisha Gaddafi, filha do ex-presidente líbio Muammar Gaddafi, morto em 20 de outubro, pediu a queda do governo interino líbio em uma mensagem de áudio divulgada pela rede de televisão árabe Arrai, com sede em Damasco.
O novo governo Líbio, encarregado de conduzir o país até as eleições gerais, que deverão ocorrer no prazo de sete meses, prestou juramento nesta quinta-feira (24). A nomeação do governo anunciado pelo premiê Abdel Rahim el-Keib incluiu como ministro de Relações Exteriores Ashour bin Khayyal, que foi embaixador no Canadá durante o mandato de Kadafi e se uniu à oposição na década de 1990.
Pelo menos sete pessoas foram mortas nesta quinta-feira (24) em confrontos na cidade de Bani Walid, a 170 quilômetros de Trípoli, a capital do país. Mahmoud Werfelli, que pertence ao golpista Conselho Nacional de Transição (CNT), informou que os embates ocorrem entre membros da Resistência e partidários do atual governo, instalado pela Otan.
O novo "ministro" líbio da Justiça e Direitos Humanos, Mohamed Allagui – integrante do governo instalado pela Otan após o assassinato do líder Muamar Kadafi – afirmou nesta terça-feira que Saif al-Islam, filho de Kadafi, não será entregue ao Tribunal Penal Internacional (TPI), num momento em que o promotor deste tribunal inicia uma visita à Líbia.
Abdurrahim el-Keib, que ocupa atualmente o posto de "premiê" da Líbia, instalado pela Otan após o assassinato do líder líbio Muamar Kadafi, afirmou nesta segunda-feira (21) que vai nomear um governo "transitório" para o país, encarregado de realizar "eleições democráticas" de acordo com a cartilha dos Estados Unidos.
Saif Al-Islam el Kadafi, filho do líder assassinado Muamar el Kadafi, negou a legitimidade do Tribunal Penal Internacional (TPI) para julgá-lo, enquanto autoridades líbias insistiram neste domingo (20) em submetê-lo a um processo "justo e transparente" em Tripoli.
Após ter declarado abstenção na sexta-feira (18) em votação na Assembleia Geral que definiria o retorno da Líbia ao Conselho de Direitos Humanos das Nações Unidas, Cuba retificou seu voto posteriormente, declarando ser contrária à questão.
Por David Fialkow *
O saque desejado – e não anunciado – pelas potências tradicionais (EUA, Inglaterra, França, Itália, etc.), bem como o rancor por estar impedido de faze-lo no regime anterior, é revelado pelo articulista Clifford Kraus, no New York Times de 15/11/11.
As autoproclamadas autoridades da Líbia asseguraram ensta quinta-feira (10) que não farão mais concessões em nenhum setor econômico até constituirem um novo governo, cuja formação está paralisada graças a rivalidades tribais e reivindicações salariais de ex-insurgentes.
Com a conquista da Líbia, o Africom (Comando dos Estados Unidos para África) seguirá para outros países em que a China tem investimentos em energia e mineração. Washington ressuscitou o Jogo da Superpotência e está competindo com a China. Mas, enquanto a China faz investimentos e ofertas de infraestrutura à África, Washington envia tropas, bombas e bases militares. Cedo ou tarde, a agressividade de Washington em relação à China e à Rússia irá explodir nas nossas caras.
Por Paul Craig Roberts
Do Niger, no Sahel – Em árabe, sahel significa “borda”, “litoral”. Nome muito estranho para o que vejo aqui. Mas a região foi batizada há 5.000 anos, quando, segundo os antropólogos, havia aqui os primeiros campos plantados de onde se recolheram as primeiras colheitas que a humanidade conheceu.
Por Franklin Lamb, no site Countercurrents