Na terça-feira (9), continuou o julgamento pelo Supremo Tribunal Federal (STF), da Ação Penal 470. Mesmo faltando os votos dos ministros Celso de Mello e Ayres Britto, já há maioria na condenação do chamado núcleo político do “mensalão”, supostamente formado pelo ex-ministro da Casa Civil, José Dirceu, o ex-presidente e o ex-tesoureiro do PT, respectivamente José Genoíno e Delúbio Soares.
José Reinaldo Carvalho, editor do Vermelho e secretário de Comunicação do PCdoB
Com calendário alterado devido às eleições municipais do último domingo (7), o Supremo Tribunal Federal (STF) retoma nesta terça-feira (9) a análise da Ação Penal 470, processo batizado pela mídia de "mensalão".
O ministro do Supremo Tribunal Federal, Joaquim Barbosa, que vem sendo ovacionado pela direita e pelo PIG – Partido da Imprensa Golpista – tornando-se, inclusive, capa de Veja desta semana, votou em Lula em 2002 e em 2006, e em Dilma em 2010 e diz não se arrepender. "Eu não me arrependo dos votos, não. As mudanças e avanços no Brasil nos últimos dez anos são inegáveis. Em 2010, votei na Dilma", declarou em entrevista à Folha de S. Paulo, no domingo (7).
Não sobram dúvidas de que o "mensalão", apregoado como "o julgamento do século"
pela midia, foi um golpe político com objetivos eleitorais imediatos. O mais triste resultado
do evento que substituiu programas televisivos durante mais de um mês, foi a quebra da
confiança cidadã na Justiça e na estrutura superior do sistema judiciário no Brasil.
Por Zillah Branco*
Quase dez anos depois da eleição do presidente Lula, primeiro operário a chegar ao poder no Brasil, o Supremo Tribunal Federal (STF) do país deve pronunciar-se sobre a Ação Penal 470. Este assunto, denominado pela imprensa como “mensalão”, é apresentado como o “maior escândalo de corrupção do governo de Lula”.
Por Fernando Morais
Inconformada com o verdadeiro linchamento midiático a que José Dirceu vem sendo submetido e ao claro pré-julgamento que se manifesta perante a mais alta corte de justiça do país, o Supremo Tribunal Federal (STF), a defesas do ex-ministro encaminha ao tribunal o Memorial em Defesa de José Dirceu, transcrito aqui pelo portal Vermelho.
"O Ministério Público restringiu-se a fazer meras suposições, desenhando um figurino genérico que poderia se encaixar a qualquer personagem que ocupasse cargo público", disse o ministro revisor da Ação Penal 470.
Por José Carlos Ruy
A cada semana de julgamento da Ação Penal 470, o chamado “mensalão”, aumentam os questionamentos sobre os aspectos jurídicos, éticos e midiáticos do processo. “Eu não sei se devido à pressão muito forte da imprensa, o fato é que o próprio Supremo Tribunal Federal (STF) tem cometido equívocos, agido de maneira inadequada, de forma a comprometer a sua própria autoridade”, alerta o jurista Dalmo de Abreu Dallari. “Muitas vezes ministros antecipam a veículos o que vão dizer no plenário.”
A cada semana de julgamento da Ação Penal 470, o chamado mensalão, aumentam os questionamentos sobre os aspectos jurídicos, éticos e midiáticos do processo. “Eu não sei se devido à pressão muito forte da imprensa, o fato é que o próprio Supremo Tribunal Federal (STF) tem cometido equívocos, agido de maneira inadequada de forma a comprometer a sua própria autoridade”, alerta o jurista Dalmo de Abreu Dallari. “Muitas vezes ministros antecipam a veículos o que vão dizer no plenário.”
Nos anos 90, insurgi-me contra a politização do Ministério Público Federal. No governo Itamar, tive algumas pinimbas com o procurador geral Aristides Junqueira. Até por efeito da Constituição, foi um período de protagonismo de procuradores da base do MPF.
Por Luiz Nassif*, em seu blog
Cabe aos tribunais julgar os atos humanos admitidos previamente como criminosos. Cabe aos cidadãos, nos regimes republicanos e democráticos, julgar os homens públicos, mediante o voto. Não é fácil separar os dois juízos, quando sabemos que os julgadores são seres humanos e também cidadãos, e, assim, podem ser contaminados pelas paixões ideológicas ou partidárias – isso, sem falar na inevitável posição de classe.
Por Mauro Santayana*
O ministro do STF segue o roteiro traçado pela mídia conservadora e pela direita e usa, no envelope de seu voto, o idioma dos antigos dominantes, o inglês. Lá está escrito Last Act – Bribery que, em português, significa “Ultimo ato – corrupção ativa”
Por José Carlos Ruy