O presidente provisório Michel Temer editou a Medida Provisória 735, que foi publicada no Diário Oficial da União nesta quinta-feira (23), que altera trechos de diversas leis do setor elétrico facilitando a privatização. Segundo fontes, o objetivo da medida é viabilizar a venda de ativos da Abengoa e a privatização das distribuidoras da Eletrobras, a começar pela Celg, esta em sociedade com o governo goiano.
O ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, em entrevista à GloboNews na noite de terça-feira (21), afirmou que pretende reformar a Constituição para resolver a dívida da União. O ministro se referia aos gastos obrigatórios com saúde, educação, moradia, previdência social entre outros, definidos pela Carta.
Em entrevista à GloboNews, o ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, reforçou o mantra neoliberal e antipopular de que os gastos sociais garantidos pela Constituição de 1988 não cabem no orçamento. Segundo ele, o problema da despesa pública no país decorre dos gastos obrigatórios definidos na Carta, que estipula percentuais mínimos a serem investidos em saúde e educação, por exemplo. “Ou mudamos a Constituição, ou não resolveremos a dívida da União”, disse, sem pudores, na noite de terça (21).
Verba volant, scripta manent, não é Dr. Temer? Quando escreveu em seu twitter dizendo que a “a senhora presidente” iria usar o avião presidencial para sair pelo país “denunciando o golpe”, o senhor vestiu a carapuça.
Por Fernando Brito*, no Blog Tijolaço
O presidente interino Michel Temer virou piada nas redes sociais após twittar sobre a sua participação no programa Roberto D’Ávila, na Globo News, nesta terça-feira (22). Em uma tentativa frustrada de justificar sua ascensão à presidência, na primeira postagem, ele, em um ato falho, assume que Dilma Rousseff está tentando denunciar um golpe de Estado no país. Não satisfeito, declarou em seguida que “Muitos votaram porque eu era o candidato a vice”.
O deputado federal Sílvio Costa (PTdoB -PE) diculgou nota em que critica a condução da política fiscal dos primeiros 30 dias do governo provisório de Michel Temer (PMDB). Segundo o parlamentar, o governo de Temer “já está caracterizado como o de maior irresponsabilidade fiscal da história do Brasil”.
Ao mesmo tempo em que o governo enche a boca para tecer elogios à possibilidade de vender empresas estatais, as manchetes estampam o escândalo da Oi.
Por Paulo Kliass*
Michel Temer (PMDB), presidente interino, fez uma série de postagens em sua conta oficial no Twitter após entrevista à GloboNews nesta terça (21), divulgando trechos da entrevista dada ao jornalista Roberto D’Ávila. Quando se refere ao uso de avião pela presidenta eleita, Dilma Rousseff, e a limitação imposta por seu governo provisório, ele afirma: “E ademais disso, pelo que sei, a senhora presidente utiliza o avião, ou utilizaria, para fazer campanha denunciando o golpe”.
“A insensatez econômica que vivemos é equivalente à insensatez política. No plano político, há a luta contra o golpe. No econômico, ao meu ver, temos que lutar contra a austeridade”, defendeu o professor de Economia da Unicamp, Pedro Rossi. De acordo com ele, este remédio ortodoxo para períodos de crise – aplicado pelo atual governo – carrega consigo todo o receituário neoliberal, promove o desmonte do Estado social e, pior, não funciona. Produz mais recessão e aumento da dívida pública.
O ministro da Justiça do governo provisório, Alexandre de Moraes, cumpriu agenda em Curitiba nesta terça-feira (21), onde se encontrou com o juiz Sérgio Moro, responsável pelos processos da Operação Lava Jato em primeira instância. O encontro acontece depois da divulgação de gravações em que integrantes da cúpula do PMDB são flagrados articulando como barrar as investigações.
Depois de três horas de reunião, o ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, e representantes de 25 estados chegaram a um acordo para refinanciar a dívida das unidades da Federação. Os estados e o Distrito Federal terão carência de seis meses nas parcelas até dezembro. A partir de janeiro, as prestações terão descontos, que serão progressivamente reduzidos até julho de 2018.
Coube ao vice-governador da Bahia, João Leão, dizer de forma curta e grossa o tom do pleito dos governadores ao presidente em exercício da República Michel Temer, na reunião desta segunda (20). “É simples, queremos dinheiro”, resumiu.
Por Hylda Cavalcanti