A Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) de 2017, aprovada pelo Congresso Nacional, foi sancionada nesta quarta-feira (27) pelo presidente ilegítimo Michel Temer com dezenas de vetos. Os mais de 60 vetos atinge uma lista de itens protegidos dos cortes de gastos proposto pelo governo federal, como o funcionamento de universidades federais, a implantação do Sistema Integrado de Monitoramento de Fronteiras e o programa nuclear da Marinha.
Não nos iludamos. O que está em curso no TSE, na ação que pede a cassação da chapa Dilma-Temer, é um espetáculo farsesco destinado a manter Temer no governo, seja pela absolvição, seja pelo decurso de prazo para as providências de sua substituição. O país continuará sendo sangrado pela instabilidade e a incerteza mas, como no golpe, dane-se o país.
Por Tereza Cruvinel*
Privatização, arrocho, demissões e ataques à estrutura que viabiliza a política pública nos Estados podem voltar à pauta do Congresso Nacional. Nesta quarta-feira (28), Michel Temer vetou trecho da proposta de renegociação da dívida dos Estados que excluiu a exigência de corte de gastos por parte dos governadores. Naquela ocasião, Temer foi derrotado pela pressão dos trabalhadores, da oposição e por boa parte da base aliada que votou contra o projeto original do Executivo
É destaque na coluna do jornalista Lauro Jardim, nesta terça (27), que o governo Michel Temer abriu licitação para comprar comida para abastecer o avião presidencial. Entre as guloseimas para o chamado "Breakfast PR" estão 500 potinhos de sorvete Häagen-Dazs. Cerca de 200 cafés da manhã prontos custarão R$ 1,75 milhão em apenas um ano, cerca de R$ 145 mil por mês.
Sofremos um grande golpe na democracia e no estado de direito neste fatídico ano 2016: a destituição de uma presidenta honesta, a marteladas da imprensa fascista, do parlamento golpista e corrupto e do judiciário (STF) leniente e conivente. Mas terminamos o ano, embora com a fadiga de tanta luta e de tantas derrotas, acumulando certo alento.
Por Manoel Fonseca*
O pacto mafioso costurado para viabilizar o “golpe dos corruptos” e para dar sustentação ao Judas Michel Temer está prestes a ser rompido. Há quem garanta que ele não dura até o segundo semestre de 2017. Com o agravamento da crise econômica e a queda de popularidade do usurpador, cresceram os boatos sobre as prováveis traições na “base aliada”.
Por Altamiro Borges
Depois de ano em que o Brasil viveu um golpe parlamentar contra a presidente Dilma Rousseff, mas que também foi marcado por intensa mobilização estudantil, a presidente da União Nacional dos Estudantes, Carina Vitral, se disse otimista em relação ao futuro.
O filósofo e cientista político Marcos Nobre disse em entrevista publicada neste domingo (25) no EL País que o impeachment articulado por Temer contra Dilma Rousseff pode se voltar contra o atual presidente. Para ele, se Temer não provar que é um novo governo não se sustentará até 2018.
Parte de quem apoiou o impedimento da presidenta Dilma Rousseff partiu da premissa que a ascensão de um novo governante imporia o fim da recessão. Bastaria a equipe econômica considerada dream team do rentismo entrar em campo para o placar imediatamente ser revertido.
Por Márcio Pochmann*
Não há nada no horizonte que indique uma renúncia de Michel Temer, rejeitado por 77% dos brasileiros, até 31 de dezembro. Portanto, se ele vier a cair em 2017, a Constituição prevê a escolha de um presidente por meio de eleições indiretas, pelo parlamento. Esse cenário, no entanto, não deve ocorrer, na avaliação do deputado Henrique Fontana (PT-RS).
O Natal sob o governo do golpista Michel Temer (PMDB) não veio com boas notícias para o trabalhador. Pelo contrário. Neste fim de ano, o presidente usurpador lançou e aprovou medidas que retiram direitos dos mais pobres e acabam com o estado de bem estar social.
Em 1988 tivemos dois fatos importantes. Um extremamente positivo e outro muito negativo. O acontecimento positivo foi a promulgação da Constituição Cidadã, em 5 de outubro, por Ulisses Guimarães, do PMDB. A Carta Magna foi fruto de um processo de luta contra a ditadura e pela redemocratização do Brasil. Em 22 de dezembro daquele ano, vivemos outro fato importante, extremamente grave: o assassinato de Chico Mendes, trabalhador rural, líder sindical seringueiro e dirigente da CUT.
Por Jacy Afonso*