Este texto não é um texto acadêmico. Nem foi concebido para sê-lo. Ele é resultado de preocupações e consequentes reflexões sobre o atual momento brasileiro, em que pese duas questões centrais: a evidente construção de um clima pré-golpe e a questão que está levando ao esgotamento da Petrobras, numa clara tentativa de privatizá-la e, particularmente, internacionalizar o pré-sal.
Por Arthur Fitz, publicado no Jornal GGN
A crise, que tem em sua base o petróleo e como desencadeador político a Operação Lava Jato, está a serviço do triunfo da agenda neoliberal sobre as estruturas estatais brasileiras, de forma a impedir o projeto nacionalista de desenvolvimento.
Por Marco Aurélio Cabral Pinto*, publicado no Brasil Debate
A manchete da Folha de S. Paulo, desta terça-feira (3), diz: "Doleiro diz que obras em refinaria geraram propina para três partidos". Os "três partidos" que o jornal não quis intencionamente citar na manchete são o PSDB, PP e PSB, de acordo com depoimentos do doleiro Alberto Youssef na delação da Operação Lava Jato, da Polícia Federal.
Uma testemunha ouvida pela Polícia Federal nas investigações da Operação Lava Jato confirmou a informção de que os desvios na licitações ocorriam no período do goveno de Fernando Henrique Cardoso, do PSDB.
O ministro da Defesa, Jaques Wagner, defendeu nesta terça-feira (24) que os desdobramentos das investigações da Operação Lava Jato não podem afetar o desenvolvimento e capacidade tecnológica do Brasil. Ele destacou que companhias como a Odebrecht, por exemplo, têm uma grande capacidade técnica e formam a “inteligência nacional” e, portanto, não podem ser desperdiçadas.
O Partido dos Trabalhadores (PT) protocolou, nesta segunda-feira (23), duas interpelações judiciais contra o ex-gerente da Petrobras Pedro Barusco. As ações foram protocoladas pelos advogados da direção nacional da legenda na Justiça Civil e na Criminal, no Rio de Janeiro.
"Não pode mais prender alguém cautelarmente, antes da sentença, simplesmente pela gravidade abstrata do crime. Essa é uma orientação básica que todos deveriam seguir", disse o ministro do Superior Tribunal de Justiça (STJ), Rogério Schietti, referindo-se as atos praticados na Operação Lava Jato.
Um cidadão que quando juiz se negava a receber advogados cobra a demissão do ministro da justiça que se encontrou publicamente com defensores…
Por Fabio de Sá e Silva*
Foi divulgado nesta sexta-feira (20) um manifesto assinado por lideranças intelectuais e socias como Aldo Arantes, Celso Amorim, Emir Sader, Fabio Konder Comparato, Franklin Martins, João Pedro Stédile, José Paulo Sepúlveda Pertence, Marilena Chauí, entre outros, que denuncia a tentativa de enfraquecer a Petrobras, com a Operação Lava Jato, para atender os interesses internacionais.
O ex-presidente Lula e empresas citadas na reportagem “Empreiteiras da Lava Jato pedem ajuda política a Lula”, manchete do alto da 1ª página do Estadão desta sexta-feira (20) desmentem que teriam se reunido para tratar da operação em curso na justiça e na área da Polícia Federal (PF), que apuram denúncias relacionadas à Petrobras.
Em entrevista coletiva nesta sexta-feira (20), a presidenta Dilma Rousseff rebateu os ataques contra a Petrobras e afirmou que os empresários devem ser investigados, mas a punição a empresas não pode gerar risco de desemprego.
Como o ministro José Eduardo Cardozo havia informado em nota, receber advogado ou qualquer cidadão para tratar de assuntos particulares é um dever de qualquer servidor público. O que o juiz Sergio Moro classificou como “intolerável” e “reprovável” está previsto no Decreto 4.334, de 2002, do presidente tucano Fernando Henrique Cardoso.