O ministro britânico de Relações Exteriores, Philip Hammond, teve de reconhecer neste domingo (3) a intolerável situação da população palestina em Gaza, onde os ataques de Israel deixaram um saldo de mais de 1.600 mortos.
No momento em que este artigo é escrito, a criminosa ofensiva de Israel em Gaza prossegue sem fim à vista. A reação fascista e a social-democracia israelitas, com Netanyahu e Shimon Peres à cabeça, conduzem uma fria e premeditada operação de terror que, na sequência de tantas outras, prossegue o objetivo de expulsar, massacrar e escravizar um povo que recusa render-se, e construir o “grande Israel” reclamado pela ideologia sionista da superioridade racial do povo judeu.
Por Albano Nunes*
A ofensiva de Israel irá continuar na Faixa de Gaza e nem recuar até que o país se sinta seguro em relação ao Hamas, informou o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu. Durante este sábado (2), o exército israelense anunciou a retirada de soldados das cidades de Beit Lahiya, no norte da região. Com essa medida, veículos internacionais de comunicação chegaram a noticiar que a operação israelense estaria chegando ao fim.
Depois dos ataques da madrugada deste sábado (02), o número de mortos decorrentes da ofensiva israelense iniciada em 8 de julho superou os 1500, informaram fontes médicas do território palestino. Do lado de Israel, são 63 baixas.
Reunião no Egito discute uma solução para os conflitos entre Israel e Hamas na Faixa de Gaza. Para o presidente egípcio, Abdel Fattah Sissi, a proposta egípcia representa uma "possibilidade real" para o fim ao conflito na Faixa de Gaza, devastada por 26 dias de conflitos.
Cerca de 60 manifestantes fizeram nesta sexta-feira (1°), em Brasília, um ato de solidariedade ao povo palestino. O ato foi organizado por entidades islâmicas e por organizações da sociedade civil e se reuniu em frente à Rodoviária do Plano Piloto, onde fizeram panfletagem. O grupo seguiu em caminhada rumo ao Palácio do Itamaraty.
Este depoimento do grande pensador de origem judaica Eric Hobsbawm foi publicado na altura da ofensiva sionista de 2009. Continuaria válido face à ofensiva de 2012. Permanece válido em 2014, perante a atual ação genocida desencadeada por Israel. É importante recordá-lo, além do mais para desmontar a histérica argumentação que pretende fazer crer que a condenação dos crimes de Israel significa antissemitismo. Muitos judeus são também vítimas do sionismo.
Israel defende-se com manipulações midiáticas, rechaça críticas ao massacre palestino, promove falsas elucubrações filosóficas e acadêmicas sobre a “guerra justa” e investe na distorção do direito internacional humanitário. Em 2009, o Conselho de Direitos Humanos das Nações Unidas confirmou os crimes de guerra perpetrados na ofensiva Chumbo Fundido, mas arriscamos ver o destino do seu relatório repetir-se na investigação do atual massacre: impunidade.
Por Moara Crivelente, da Redação do Vermelho
Diversas cidades da Cisjordânia relatam confrontos entre manifestantes e forças israelenses, na quinta e sexta-feira (1]/8), em meio aos protestos contra a ofensiva de Israel em Gaza, que já matou cerca de 1.440 pessoas desde que foi oficializada, sob o nome de “Margem Protetora”, em 8 de julho. Tamer Faraj Sammur, de 22 anos, foi morto com um disparo no peito. De acordo com o Clube dos Prisioneiros, contatado pelo Vermelho, mais de 1.500 pessoas foram detidas desde junho apenas na Cisjordânia.
Uma proposta de cessar-fogo deveria ter entrado em vigor às 08h00 (02h00 em Brasília) desta sexta-feira (1º), para possibilitar negociações abrangentes, mas as forças israelenses mataram 16 palestinos durante a madrugada, quatro depois das 08h00 e 35 em confrontos subsequentes. O governo de Israel já anunciou o rompimento do acordo. Eis a breve história de outra “trégua” e a continuação do massacre que já vitimou 1.437 pessoas em menos de um mês.
Por Moara Crivelente, da Redação do Vermelho
A onda de violência impune contra a população de Gaza exacerba os apetites das diferentes facções israelenses. O vice-presidente do parlamento israelense e rival de Netanyahu no seio do Likud, Moshe Feiglin, propõe expulsar de uma vez toda a população de Gaza (1,5 milhões de pessoas), território que o "Estado judeu" anexaria de imediato.
Nour El Borno tem 21 anos e estuda Literatura Inglesa na Universidade Islâmica de Gaza. Como Youssef Aljamal, ela respondeu ao pedido por algumas palavras sobre a ofensiva de Israel e a repetição da experiência que relataram, junto com outros 15 autores, no livro “Gaza Escreve de Volta”. Seus contos abordaram a ocupação da Palestina, a sobrevivência e a morte, com foco para personagens da última grande ofensiva, em 2008-2009, que matou 1.400 pessoas.
Por Moara Crivelente, da Redação do Vermelho