Gestora de fundos criada por Paulo Guedes tem retorno de seis vezes com investimento na Afya. Fundo da Crescera, que teve o ministro como sócio até a ida dele para o governo, investiu pouco mais de R$ 600 milhões e detém hoje 37,5% do capital do grupo de educação voltado a cursos de medicina Afya. Essa participação agora é avaliada em aproximadamente R$ 3,6 bilhões.
Vinícius Pinheiro
Os ministérios da Cidadania, da Educação e da Economia serão as pastas mais afetadas pelo bloqueio de verbas de R$ 1,443 bilhão anunciado pelo governo na semana passada. O decreto com a distribuição dos cortes, editado pelo presidente Jair Bolsonaro, foi publicado na noite desta terça-feira (30/07) em edição extraordinária do Diário Oficial da União.
A jornalista Mônica Bergamo revelou neste sábado (6), em sua coluna, que o ministro da Economia, Paulo Guedes, tem 24 horas para responder se o Conselho de Controe de Atividades Financeiras (Coaf) está investigando as movimentações financeiras do jornalista Glenn Greenwald.
A crise que hoje machuca a economia brasileira é, sobretudo, uma crise de inteligência estratégica. Bolsonaro, Paulo Guedes e seus "seguidores", dentro e fora do governo, se empenham na desconstrução do arcabouço institucional que sustentou o desenvolvimento do país ao longo de cinco décadas.
"Guedes é um economista ultraneoliberal, cuja visão do Brasil e da economia brasileira é a visão do Mercado, simples para desafios tão complexos quanto os que apresentam as instituições sociais, econômicas e políticas brasileiras".
Sob as incertezas do governo Bolsonaro e o receituário libera do ministro Paulo Guedes, a economia brasileira parou. O diagnóstico não é (apenas) da oposição – mas, sim, do Banco Central (BC), que divulgou nesta quinta-feira (27) o Relatório de Inflação de junho. Segundo o órgão, a projeção de crescimento do PIB para 2019 despencou de 2% para 0,8%. E o índice pode ser ainda menor, haja vista a falta de “sinais nítidos de recuperação” no segundo trimestre.
O “mercado” consultado toda semana pelo Banco Central (BC) prevê agora no fim de junho que a economia crescerá 0,8% este ano. Foi a 17ª vez seguida que a estimativa encolheu. Em janeiro, calculava uma alta de 2,5%. Era essa aposta também logo após a eleição de Jair Bolsonaro.
Em audiência da Comissão de Finanças e Tributação da Câmara, nesta terça-feira (4), a deputada Alice Portugal (PCdoB-BA) questionou o ministro da Economia, Paulo Guedes, sobre sua relação com investimentos no setor educacional privado, que apresentou tendência de forte crescimento, logo após o anúncio do corte de recursos em universidades e institutos federais, feito pelo governo.
"A blasfêmia do ministro Paulo Guedes fere tradições de luta e dignidade".
Por Haroldo Lima*
O falso profeta admite o fracasso atual, mas o mergulho depressivo começa com Dilma e atende ao recado popular: quanto mais cai, mais afunda.
"Não nos enganemos, o ministro Paulo Guedes está levando adiante uma batalha contra os pobres e os trabalhadores em nome dos ricos. (…) A proposta de capitalização embutida nela deixa claro que para o governo beneficiar as empresas em prejuízo dos trabalhadores é tão importante senão mais do que garantir o equilíbrio fiscal".
Em poucos menos de 100 dias, o governo Bolsonaro já é avaliado como uma administração sem rumo e sem projetos para combater os graves problemas do país como o desemprego. Tudo no governo converge para aprovação da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 6/2019 da reforma da previdência, vista como uma panaceia.
Por Iram Alfaia