Relações de poder que levam o carimbo de fisiologistas envolvem, em geral, tomada de decisões em busca de benefícios a interesses privados. Na política, é um fenômeno que não se restringe a um dos Poderes, mas se sobressai no Parlamento. Partidos e políticos ganham caráter fisiologista, por exemplo, quando oferecem apoio a qualquer governo em troca de cargos de primeiro e segundo escalão na máquina pública.
Por Cíntia Alves*, no Jornal GGN
A acusação não comprovada de estupro de três enteadas teria sido o motivo para que justiceiros, provavelmente moradores do bairro de Ilha dos Aires, em Vila Velha, no Espírito Santo, assassinassem o auxiliar de serviços gerais Marcelo Pereira da Silva, de 31 anos. Ele foi morto a tiros, na manhã de sábado (1º/3), um dia depois de ter sido acusado de abusar das crianças.
A imagem de jovem negro amarrado nu a um poste encontrou apoio de parte da sociedade, num reflexo, segundo especialistas, de uma herança histórica de segregação e violência com a qual ainda se tem dificuldade de lidar.