O suicídio do agora ex-reitor da UFSC Luiz Carlos Cancellier de Olivo completou dois meses no último sábado (02). Ministério da Justiça manda apurar atuação de delegada que pediu prisão de professor da UFSC em operação de desvios de recursos
Professor Ubaldo César Balthazar assume a reitoria provisoriamente até a escolha do novo reitor. Segundo ele, foi negado a Luis Carlos Cancellier a presunção da inocência e o amplo direito à defesa. “Resolveram fazer essa espécie de Operação Lava Jato em Santa Catarina”, diz em entrevista à Revista Fórum.
Por Lucas Vasques*
A delegada Erika Mialik Marena, responsável pelo combate à corrupção na Polícia Federal de Santa Catarina, é alvo de uma investigação movida por Acioli Antônio de Olivo, irmão do ex-reitor da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), Luiz Carlos Cancellier de Olivo.
A Polícia Federal deflagrou a 5ª fase da operação "Sermão aos Peixes", com prisões de investigados suspeitos de participarem de um esquema de desvio de recursos recursos públicos federais em contratos na área da saúde. Foram decretadas seis prisões preventivas e 11 prisões provisórias. Três pessoas estão foragidas.
O anunciou feito pelo governo de troca do comando da Polícia Federal (PF), com a saída de Leandro Daiello, no cargo desde 2011 (governo Dilma), para entrar o delegado Fernando Segóvia, provocou grande repercussão.
Nesta terça-feira (7), a Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara iniciou a discussão da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que prevê autonomia para a Polícia Federal. No entanto, a discussão foi adiada.
O reitor da UFSC Luiz Carlos Cancellier de Olivo, que foi vítima de perseguição e humilhação da Justiça Federal, cometeu suicídio nesta segunda (2). O caso tem gerado amplo debate sobre a seletividade e o abuso de autoridade que se instauraram no país. Ainda nesta segunda-feira (2), o procurador-geral de Santa Catarina, João dos Passos Martins Neto, lamentou a morte do reitor e pediu a apuração das responsabilidades das autoridades envolvidas na operação.
Por Verônica Lugarini*
Procure aí nos escaninhos de sua recordações quando foi que alguém foi preso por inside information em operação de câmbio de de Bolsa de Valores, como foi hoje Wesley Batista, da JBS.
Por Fernando Brito*, no Tijolaço
O braço direito e ex-ministro de Michel Temer, Geddel Vieira Lima (PMDB-BA), foi flagrado em mais um escândalo envolvendo mala com dinheiro, ou melhor, malas. Em operação da Polícia Federal desta terça-feira (5), foram encontradas diversas malas com milhares de notas em reais em um apartamento em Salvador que, de acordo com a investigação, é usado por Geddel.
A Polícia Federal anunciou e a imprensa repercutiu com grande alarde nesta quinta-feira (6), que encerrou a força-tarefa que atuava exclusivamente na Operação Lava Jato em Curitiba. Em nota, a direção da PF informou que a mudança já estava prevista e que, além do grupo que atuava na Lava Jato, será dissolvida também a equipe destacada para a Carne Fraca. Ambos os grupos passarão a integrar a Delegacia de Combate à Corrupção e Desvio de Verbas Públicas (Delecor).
De acordo com nota publicada pelo G1, o ex-ministro e braço direito de Michel Temer, Geddel Vieira Lima, foi preso preventivamente nesta segunda-feira (3).
Em sua primeira audiência realizada pela Polícia Federal, nesta sexta-feira (9), em Brasília, o ex-deputado e ex-assessor do presidente Michel Temer, Rodrigo Rocha Loures, ficou em silêncio.