Os mais recentes acontecimentos da política nacional, mais do que indignar, mobilizar e comover as pessoas com espírito democrático, suscitam diversas curiosidades sobre qual o papel, poder e até onde podem ir determinados órgãos do Estado brasileiro na condução das investigações e, sobretudo, dos rumos de nosso país.
Por Nilson Vellazquez*
O ministro da Justiça, Eugênio Aragão, determinou nesta quarta-feira (23), que a Força Nacional, a Polícia Federal, além do Gabinete de Segurança da Presidência da República reforcem a segurança dos ministros do Supremo Tribunal Federal (STF). A própria polícia do STF também está em alerta máximo.
O juiz federal Sergio Moro não quebrou o sigilo telefônico apenas de Roberto Teixeira, advogado do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, mas também do telefone central da sede do escritório dele, o Teixeira, Martins e Advogados, que fica em São Paulo. Com isso, conversas de todos os 25 advogados da banca com pelo menos 300 clientes foram grampeadas.
Por Marcos de Vasconcellos** e Sérgio Rodas**
O jurista e professor titular da Faculdade de Direito da USP, Gilberto Bercovici, disse, nesta sexta (4), que ocorreu claro “abuso” na condução da 24ª fase de Operação Lava Jato. Ao analisar o atual momento do país, ele afirmou que há “um desrespeito pleno, completo e absoluto” a todas as garantias constitucionais. “A Constituição de 1988 não vigora mais”, declarou. E defendeu que apenas a mobilização popular pode barrar um retrocesso em conquistas democráticas e sociais.
Por Joana Rozowykwiat
O embaixador Samuel Pinheiro Guimarães falou por telefone aos Jornalistas Livres sobre o circo armado pela Polícia Federal para levar o ex-presidente Lula, em “condução coercitiva”. “É um golpe de Estado em andamento”, assegurou. “É uma operação nacional e internacional para destruir o PT e para implantar no país um modelo de economia semelhante ao que está ocorrendo na Argentina.” “É operação arbitrária.” “É indispensável que os militantes tomem as ruas.”
O jornalista Eduardo Guimarães, do Blog da Cidadania, apontou nesta sexta-feira (26) que tem “provas inquestionáveis” de que a Operação Lava Jato (juiz Sergio Moro, Ministério Público e Polícia Federal) atuam em simultaneidade com grupos privados de comunicação para desmoralizarem o PT, o governo Dilma Rousseff e o ex-presidente Lula.
Um grupo de deputados federais da base aliada foi ao Ministério da Justiça na tarde desta terça-feira (23) entregar uma representação que formaliza um pedido de investigação sobre as denúncias que surgiram recentemente envolvendo o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso.
A Polícia Federal (PF) concluiu que não foram encontradas irregularidades nos pagamentos do PT pelos serviços prestados pelo publicitário João Santana nas campanhas eleitorais da presidenta Dilma, do ex-presidente Lula e do prefeito de São Paulo, Fernando Haddad. O relatório foi citado pelo juiz federal Sérgio Moro ao deferir o pedido de prisão de Santana e de sua mulher, Mônica Moura na 23ª etapa da Operação Lava Jato ocorrida nesta segunda-feira (22).
Endeusado e paparicado pela mídia e até por parlamentares na visita que fez na última quarta-feira (17) à Câmara dos Deputados, o agente da Polícia Federal Newton Hidenori Ishii, 60 anos, popularmente conhecido como o “japonês da federal”, é um exemplo claro da impunidade gerada pela demora processual.
Por Marcelo Auler*, em seu blog
Os repasses do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso à jornalista Mirian Dutra no exterior, com quem mantinha um relacionamento extraconjugal, podem ser alvo de investigação da Polícia Federal, admitiu nesta sexta-feira (19) o ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo.
Na entrevista do ex- presidente do Sindicato de Delegados da Polícia Federal de São Paulo e também ex-presidente da Federação Nacional dos Delegados da Polícia Federal (entidade que congrega todos os sindicatos da categoria), Amando Coelho Neto, feita pelo jornalista Humberto Mesquita, ele foi direto: “Não existe luta contra a corrupção na PF. Existe uma guerra contra o PT”.
Por Jorge Alberto Benitz*
Notório especialista em manobras, o presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), engavetou um pedido de informação feito pela Polícia Federal (PF) há mais de três meses. O ofício, encaminhado no dia 1º de outubro do ano passado, pede o envio do "nome dos parlamentares, assessores, além dos funcionários, que integraram a Comissão de Obras Irregulares (COI) entre 2011 e 2015, bem como os dados funcionais de todos".