As demissões em massa que se intensificaram nas instituições de ensino privadas no Brasil nas últimas semanas podem motivar a criação de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) na Câmara dos Deputados. A proposta foi ventilada pelo deputado federal Orlando Silva (PCdoB-SP) durante audiência pública nesta quarta-feira (20) na Comissão de Trabalho, de Administração e Serviço Público da Casa, que é presidida por ele.
Por Railídia Carvalho
A Estácio foi a primeira. Deu a largada, com o anúncio de 1.200 professores demitidos em seus campi de várias cidades brasileiras. Não foi a única, porém. Em São Paulo, a Metodista mandou embora cerca de 50 docentes; em Minas Gerais, mais de 50 também foram dispensados pela Sociedade Mineira de Cultura (SMC), mantenedora da PUC Minas; no Rio Grande do Sul, o Centro Universitário UniRitter/Laureate dispensou mais de cem.
Por Táscia Souza
“Tinha tudo pra ser um cenário de grande dificuldade mas com muita dedicação e participação da Fitmetal conseguirmos fazer a meu ver um excelente acordo”, declarou João Alves, presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de Betim filiado à Federação Interestadual dos Metalúrgios e Metalúrgicas do Brasil (Fitmetal). Os trabalhadores de Betim conseguiram renovar todas as 96 cláusulas do acordo coletivo preservando os direitos dos trabalhadores contra a reforma trabalhista.
Trabalhadores das agências e dos centros administrativos do Banco Santander realizaram paralisação na manhã desta quarta-feira (20) em todo o Brasil, contra a iniciativa da direção do banco que vem impondo acordos individuais que passam por cima da negociação coletiva, com base nas novas regras da reforma trabalhista do governo Temer.
“Os sentimentos se misturam. O Brasil está vivendo um momento de pessoas pequenas que transformam o pensamento numa atividade grosseira, que operam a negação da alteridade. É difícil ser afastado por configurar uma ameaça”. O professor José Salvador Faro, que atuou por 21 anos na Universidade Metodista de São Paulo, é um dos 60 demitidos pela instituição este semestre.
Por Ana Luiza Basílio
Decisão divulgada nesta terça-feira (19) pelo Tribunal Regional do Trabalho de Minas Gerais determinou a reintegração dos 54 professores da universidade privada Estácio de Sá que atuam naquele Estado. Em conversa por telefone com a reportagem do Portal Vermelho, a presidenta do Sindicato dos Professores de Minas Gerais (Sinpro-MG), Valéria Morato, concluiu que a decisão deixa claro que as empresas não podem realizar demissão em massa sem a negociação prévia com o sindicato.
Por Railídia Carvalho
Em vigor desde o dia 11 de novembro, o contrato de trabalho intermitente, ou o chamado “bico”, uma das formas mais precárias de contratação prevista na nova Lei Trabalhista, é reprovado por 60% dos trabalhadores e trabalhadoras em todo o país, aponta a última rodada da pesquisa CUT/Vox, realizada entre os dias 9 e 12 de dezembro, e que entrevistou 2.000 pessoas, em 118 municípios de todos os estados e do Distrito Federal.
O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou nesta sexta-feira (15) a Síntese de Indicadores Sociais 2017. A pesquisa constatou que realmente o Brasil voltou ao Mapa da Fome como disseram os pesquisadores da Organização das Nações Unidas (ONU).
A Folha de S.Paulo publicou neste domingo uma reportagem em que mostra os efeitos negativos da precarização do trabalho nas contas da Previdência.
Pelo menos dois gigantes do setor, Grupo Pão de Açúcar e Magazine Luiza – já anunciaram que estudam adotar a jornada 12×36.
Virou notícia nesta quarta-feira (13) o caso da bancária que moveu processo contra o banco Itaú em Volta Redonda (RJ) e foi condenada pela 2ª Vara da Justiça do Trabalho do município a pagar R$ 67, 5 mil reais para a instituição financeira. A decisão foi baseada na reforma trabalhista que determina que aquele que perder o processo na Justiça paga as despesas. Augusto Vasconcelos, dirigente dos bancários da Bahia, afirmou que a cobrança é inconstitucional.
Por Railídia Carvalho
A reforma trabalhista de 2017 foi mais prejudicial à educação que qualquer mudança curricular. Acabaram com o pensamento crítico e com a carreira ao mesmo tempo, e ainda com qualquer esperança de emancipação pela educação.
Por Luis Fernando Vitagliano*, Brasil Debate