Moro tem sido alvo de uma série de acusações, depois que mensagens apontaram a parcialidade de sua atuação como juiz da Lava Jato
Em meio ao vazamento de suas conversas nada republicanas com o procurador Deltan Dallagnol, o ex-juiz e o atual ministro da Justiça, Sérgio Moro, vai entrar em licença do cargo a partir de segunda-feira (15).
O deputado federal Orlando Silva (PCdoB-SP) disse neste domingo (7) que a pesquisa Datafolha revelou números que precisam ser bem avaliados pelo ministro da Justiça, Sérgio Moro.
O governador do Maranhão, Flávio Dino (PCdoB), reagiu duramente sobre a notícia de que o então juiz Sérgio Moro pediu a integrantes da força-tarefa para expor informações sigilosas sobre a Venezuela. Em novo vazamento de conversas divulgado pela Folha de S.Paulo neste domingo (7), em parceria com The Intercept Brasil, Moro aparece agindo para dar reposta política a governo de Nicolás Maduro.
A divulgação dos diálogos iniciados no dia 9 de junho, pelo site The Intercept Brasil, mostram como a Operação Lava Jato, procuradores do Ministério Público Federal (MPF) e o então juiz de 1ª instância em Curitiba (PR) e atual Ministro da Justiça e Segurança Pública, Sérgio Moro, atuaram em conluio para perseguir opositores de um projeto político que, agora, está sendo desmascarado.
O líder do PCdoB na Câmara, Daniel Almeida (BA), pede investigação e saída de Sérgio Moro do cargo de ministro e diz que as revelações comprovam que não há mais condições do ex-juiz se manter na pasta da Justiça.
A imagem de Sérgio Moro como um juiz implacável no cumprimento da lei e que agiu sem nenhum interesse político já está deteriorada. Em mais uma parceria com o The Intercept Brasil, a Folha de S.Paulo revelou neste domingo (7) novo vazamento de conversas que demonstra que, a pedido de Moro, em agosto de 2017, integrantes da força-tarefa se mobilizaram para expor informações sigilosas sobre a Venezuela.
Pesquisa do instituto Datafolha divulgada neste sábado (6) mostra que a maioria da população brasileira reprova a conduta do ex-juiz Sérgio Moro, atual ministro da Justiça, ao se comportar como coordenador do Ministério Público nas ações da Lava Jato.
“A lei deve ser para todos. De verdade”, publicou neste sábado (6) no Twitter o governador do Maranhão, Flávio Dino (PCdoB), ao se referir a determinação do ministro do Tribunal de Contas da União (TCU) Bruno Dantas para que o ministro da Economia, Paulo Guedes, envie no prazo de 24 horas informações sobre uma possível investigação do Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf) nas movimentações financeiras do jornalista Glenn Greenwald.
A coluna Painel do Folha de S.Paulo deste sábado (6) indicou que se elevou a pressão sobre o agora ministro da Justiça, Sérgio Moro, após a divulgação de novas conversas reveladas pela revista Veja, em parceria com o The Intercept Brasil. Dois integrantes do Supremo, ouvidos pela coluna, disseram que, pela primeira vez, há indicação cristalina de que o então juiz cometeu, no mínimo, falta administrativa grave.
Ministro diz não ter como prever se processos da Lava Jato serão anulados na 2ª Turma: "Eu não posso imaginar qual será o enfoque dos colegas, a menos que pudesse colocá-los em um divã".
Por Eduardo Maretti, da RBA
Em parceria com o The Intercept Brasil, a revista Veja desta sexta-feira (5) traz novas revelações sobre as conversas nada republicanas entre o então juiz Sérgio Moro (ministro da Justiça), o procurador Deltan Dallagnol, delegados e outros procuradores. O conteúdo da reportagem comprova que Moro agiu como verdadeiro chefe do Ministério Público Federal, o que é incompatível com a posição de neutralidade da magistratura.
Por Iram Alfaia