Pressionado pela crise causada com a divulgação de trocas de mensagens com o procurador Deltan Dallagnon, chefe da força-tarefa da Lava Jato em Curitiba, o ministro Sergio Moro (Justiça) viajou esta semana aos Estados Unidos, mas não divulgou detalhes de sua agenda pública no país. Como ministro de Estado, ele deve informar via assessoria ou no site do ministério quais são (com horário e local definidos) seus compromissos oficiais ao longo de cada dia.
O presidente do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP), declarou nesta segunda-feira (24) que as mensagens trocadas entre Sergio Moro (quando era juiz da Lava jato) e o procurador Deltan Dallagnol são “graves” e revelam “problema ético”. Segundo o senador, “se [Moro] fosse deputado ou senador, estava no Conselho de Ética, cassado ou preso”.
Um grupo de 30 juízes pediu que a Associação dos Juízes Federais do Brasil (Ajufe) abra processo administrativo para excluir o ministro da Justiça, Sergio Moro, da entidade. Desde que deixou a magistratura, Moro se tornou sócio benemérito da Ajufe.
Por Tadeu Rover, repórter do Conjur
Deputados da bancada do PCdoB na Câmara dos Deputados veem motivação política no afastamento do jornalista da TV Record Paulo Henrique Amorim da bancada de apresentadores do “Domingo Espetacular”. Após 15 anos na função, ele estaria próximo de ser demitido por causa das constantes críticas que faz a Bolsonaro e ao ministro (Justiça) Sérgio Moro.
Por Iram Alfaia
"As empresas foram desmoralizadas, imobilizadas e finalmente inviabilizadas, elas que eram as maiores empresas brasileiras de engenharia, das mais avançadas do mundo".
Por Haroldo Lima*
Ministro apela a outros idiomas, diante de novas revelações do Intercept. Agia como um semideus: para manter “domínio das versões”, valia ocultar investigações exclusivas do STF e conspirar contra a democracia…
Por Marcelo Zero
A agenda do ministro foi modificada no último sábado (22), com a justificativa de que representantes do Governo fariam uma visita aos “principais órgãos de segurança e inteligência” dos EUA
A raposa vai ao moinho até que um dia perde o focinho, diz um velho ditado. Novas revelações, desta vez pela Folha de S.Paulo, trazem novos capítulos desse que pode ser considerado o maior escândalo da Justiça brasileira pós-1988.
*Por Lenio Luiz Streck, publicado no site Conjur
Cresce a pressão sob o presidente da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara dos Deputados, Felipe Francischini (PSL-PR), para votar nesta semana um requerimento de convocação do ministro da Justiça, Sérgio Moro. Ele desistiu de comparecer ao colegiado na audiência marcada para quarta-feira (26). Os deputados não querem esperar pela decisão de Moro sobre uma nova data e querem sua convocação.
O ministro da Justiça, Sérgio Moro, mandou áudio a membros do MBL neste domingo, 23, dizendo que não sabe se os termos são seus, mas pedindo desculpas por tê-los chamado de “tolos” em mensagens de 2016, conforme mostrou reportagem do site The Intercept e da Folha de S. Paulo. A informação é de Marianna Holanda, no jornal O Estado de S. Paulo.
A ferida Moro pode ser útil para incomodar um presidente que resiste a dividir poder.
Alon Feuerwerker – fsbcomunicação
Por enquanto, o conflito político em torno do ministro da Justiça e ex-juiz Sérgio Moro passou de guerra de movimento para guerra de posição. Sai a lógica da blitzkrieg e entra a da guerra de trincheiras. Nem Moro conseguirá rapidamente amputar a série de revelações do Intercept, nem este parece estar perto de derrubar o símbolo maior da Lava-Jato. A avaliação é do jornalista Alon Feuerwerker, colunista do site Poder 360.