Iniciando as atividades da Semana de Combate ao Trabalho Escravo, o Ministério do Trabalho lançou, nesta terça-feira (24), em Brasilia, o Manual de Combate ao Trabalho em Condições Análogas às de Escravo. A publicação tem como finalidade orientar o trabalho dos auditores no enfrentamento a este tipo de prática ilegal.
Fiscais do Ministério do Trabalho resgataram 2.271 trabalhadores encontrados em condições análogas à escravidão em 2011. O dado é destacado na passagem do Dia Nacional de Combate ao Trabalho Escravo, comemorado no próximo dia 28. Pelo terceiro ano consecutivo, entidades públicas e organizações civis realizam neste mês atos e debates para marcar a data.
A Administração Federação de Receitas Públicas (AFIP, da sigla em espanhol) da Argentina denunciou a Monsanto por tráfico de pessoas e exploração de 65 trabalhadores em condições degradantes com base em uma fiscalização realizada no final do ano passado. A informação é do jornal argentino Página/12, que publicou reportagem sobre o assunto na edição desta terça-feira (17). O flagrante aconteceu em um dos campos da Rural Power, empresa contratada pela Monsanto, que também acabou sendo denunciada.
Casos de exploração em um restaurante, em um hotel e até de vendedores de redes nas ruas estão entre os 52 novos registros incluídos na chamada "lista suja" do trabalho escravo. O cadastro de empregadores mantido pelo Ministério do Trabalho e Emprego chegou a 294 nomes na última atualização, marca recorde desde que foi divulgado pela primeira vez, há mais de oito anos.
Por Bianca Pyl
A Comissão de Trabalho, de Administração e Serviço Público vai realizar neste ano audiência pública para debater a "lista suja" de empregadores acusados de manter trabalhadores em condições semelhantes às de escravidão. A última versão da lista, produzida pelo Ministério do Trabalho e pela Secretaria Nacional de Direitos Humanos, traz 52 novos empregadores, de um total de 294 infratores.
A "lista suja" do trabalho escravo, cadastro de empregadores pegos em flagrante na exploração de trabalhadores em condições análogas à escravidão, nunca teve tantos nomes. Atualizada nesta semana, a relação cresceu com a entrada de 52 novos registros e chegou ao recorde de 294 nomes.
Por Bianca Pyl, Daniel Santini e Maurício Hashizume
Atualizada na última sexta, o cadastro de empregadores flagrados com mão-de-obra análoga à de escravo cresceu com a entrada de 52 novos registros, chegando ao número recorde de 294 nomes. Entre os que entraram na “lista suja” estão grupos sucroalcooleiros, madeireiras, empresários e até uma empreiteira envolvida na construção da usina hidrelétrica de Jirau.
Por Leonardo Sakamoto, no blog da TVT
Sistema em que locais de trabalho confundem-se com residências envolve condições extremas de opressão e salários miseráveis
Por Renato Bignami*
Nos primeiros sete meses de 2011 foram registrados 218 casos de conflitos trabalhistas no campo brasileiro — grande parte relativa a trabalho escravo —, envolvendo 3.882 pessoas. O número representa um aumento de 23% em relação ao ano anterior. Os dados foram divulgados pela Comissão Pastoral da Terra (CPT) em relatório parcial referente a 2011.
A confecção Zara assinou nesta segunda-feira (19) o Termo de Ajuste de Conduta (TAC) para combater o trabalho escravo em sua cadeia produtiva no Brasil. No entanto, o Ministério Público do Trabalho precisou renegociar o valor do investimento da empresa em ações preventivas. Há 20 dias, a empresa não aceitou as condições impostas pelo Ministério Público do Trabalho (MPT) para o acordo. Por sua vez, o MPT considerou “inconciliáveis” alguns pontos da contraproposta.
Apesar do aumento de denúncias e de fiscalizações, a quantidade de resgatados de escravidão diminui em 2011, se comparado a 2010. O número de pessoas libertadas caiu de 3.054 em 2010 para 2.321 neste ano, o que representa uma redução de 24%. As regiões Centro-Oeste e Nordeste são exceções.
Trabalhadores resgatados recebem qualificação e se tornam operários na construção de estádio em Cuiabá (MT), que receberá jogos da Copa de 2014
Por Daniel Santini, no Repórter Brasil