Os chanceleres de Alemanha, França, Rússia e Ucrânia, divulgaram na madrugada desta terça-feira (14) uma declaração conjunta em Berlim, apelando às diversas partes ucranianas para executarem na integralidade o novo acordo de Minsk e para impulsionarem o andamento em relação à resolução política dos conflitos.
O chanceler francês, Laurent Fabius, anunciou, nesta quarta-feira (8), em Paris, que os chanceleres da Ucrânia, Rússia, Alemanha e França vão se encontrar no dia 13 deste mês em Berlim, para revisar a implementação do novo Acordo de Minsk, que trata da questão ucraniana.
Em 7 de abril de 2014, após a ocupação de prédios administrativos em Carcóvia e Donetsk, o então presidente interino da Ucrânia, Aleksandr Turchinov, anunciou “medidas antiterroristas” contra “aqueles que pegarem em armas”. Tal foi o início da chamada operação antiterrorista que se arrasta até hoje.
O fornecimento de armas para a Ucrânia pelos Estados Unidos e pela Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) representa verdadeira ameaça à paz em Donbass, afirmou, nesta quinta-feira (26), um líder rebelde.
A par da crescente repressão e perseguição interna a comunistas e outros democratas, Kiev parece estar aproveitando o cessar-fogo – que está sendo cumprido – para reforçar as suas tropas com o apoio dos EUA.
“O governo ucraniano aprecia esforços da chanceler da Alemanha, Angela Merkel, e do presidente francês, François Hollande, durante as negociações em Minsk para empurrar a Rússia à decisão correta… Nós apelamos aos nossos parceiros ocidentais para apoiarem os nossos esforços no fechamento da fronteira”, disse o premiê ucraniano numa entrevista à emissora BBC durante a visita a Bruxelas nesta quinta-feira (19).
Moscou enviou uma carta para Berlim e Paris sobre as violações de Kiev em relação aos acordos de Minsk, disse, nesta quarta-feira (18), o ministro das Relações Exteriores, Serguei Lavrov.
A insurgente República Popular de Donetsk (RPD) qualificou, nesta segunda-feira (16), de "flagrante violação do roteiro de atividades para implementar os acordos de Minsk" as mudanças incluídas em um projeto de resolução remetido ao Parlamento ucraniano.
O Partido Comunista da Ucrânia denuncia estar sendo alvo de uma “caça às bruxas” por parte do governo, e de estar em curso um processo que criminaliza a contestação das forças democráticas e antifascistas, próprio de qualquer ditadura.
Faz um ano do massacre de Kiev, com dezenas de mortos, tanto de manifestantes como de policiais. O massacre foi decisivo para derrotar um governo ucraniano reticente ao pleno alinhamento à Otan e à União Europeia e substituí-lo por outro plenamente aberto a isso.
Rafael Poch, do La Vanguardia
O exército ucraniano começou a segunda fase de retirada da artilharia pesada da linha de demarcação em Donbass, disse o porta-voz militar ucraniano Andrey Lysenko, nesta quarta-feira (4). “Os caminhões estão sendo preparados para retirar [a artilharia pesada], por isso, agora começou a segunda fase”, afirmou ele.
A Ucrânia anunciou, nesta quinta-feira (26), o início da retirada das armas pesadas da linha de frente do Leste ucraniano. A medida faz parte dos últimos acordos de paz assinados na capital bielorrussa Minsk.