Fernando Grella Vieira tomou posse da secretaria de Segurança Pública de São Paulo na manhã desta quinta-feira (22). Durante a cerimônia de posse, declarou que ações contra o crime e respeito aos direitos humanos podem estar juntos. "(É preciso) desfazer a noção equivocada de que o combate firme ao crime e o respeito aos direitos humanos são excludentes. Não são", disse o novo secretário. No entanto, é preciso mudanças imediatas que transfiram as ações do discurso à prática.
Ao menos quatro pessoas foram baleadas na madrugada desta terça-feira (20) na Grande São Paulo. Nenhum suspeito pelos crimes foi preso. Na zona leste de São Paulo, três pessoas foram baleadas em dois locais diferentes, na zona leste de São Paulo, por volta das 2h desta terça-feira.
Ao menos 14 pessoas foram baleadas e cinco delas morreram na Grande São Paulo, entre o final da noite de domingo (18) e a madrugada desta segunda-feira (19). Nenhum suspeito pelos crimes foi preso.
Oito pessoas foram mortas entre a noite de sexta-feira (16) e início da madrugada do sábado (17) na região metropolitana de São Paulo, de acordo com a Secretaria de Segurança Pública do estado.
Ao menos dois ataques foram registrados em Santa Catarina entre o fim da noite de sexta-feira e a madrugada deste sábado. Trata-se de mais uma noite de incidentes por conta da onda de violência no Estado do Sul, iniciada no dia 12 de novembro. Os casos da última noite reportados até o momento apontam somente danos materiais.
O presidente da Fundação Criança de São Bernardo do Campo, Ariel de Castro Alves, e também vice- presidente da Comissão Especial da Criança e do Adolescente do Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), divulgou nota nesta sexta-feira (16), lamentando a morte do menino Pedro Henrique, de 1 ano, por conta da onda de violência em SP. "O Estado não foi capaz de garantir o direito a vida e colocar o menino Pedro a salvo da crueldade e da violência", denuncia. Confira a íntegra.
Apesar de os governadores de São Paulo e de Santa Catarina negarem que há uma crise de segurança pública em seus respectivos estados, os números da violência não param de subir. Dez veículos foram incendiados, três mortes e dez pessoas presas em Santa Catarina, entre a noite de quinta e a madrugada desta sexta-feira (16). Em São Paulo, a onda chegou ao interior. Depois de Araraquara, Bauru registrou três mortes em menos de 10 horas.
No passado 17 de Outubro, o presidente francês, [François] Hollande, fez um tímido reconhecimento oficial (42 palavras) do massacre policial de centenas de argelinos em Paris, em 1961. O massacre não foi coisa menor: cerca de 30 mil argelinos exigiam nas ruas a independência da então colónia francesa.
Por Jorge Cadima no jornal “Avante!”
A observação cotidiana da imprensa, ao longo de alguns anos, pode provocar alucinações. Esse fenômeno pode ser causado pela exposição contínua a frações da realidade selecionadas de maneira a produzir opiniões simplistas e interpretações lineares para problemas complexos.
Por Luciano Martins Costa, Observatório da Imprensa
A onda de violência que afeta os estados de São Paulo e Santa Catarina ganhou destaque na imprensa internacional nesta quinta-feira (15). Em São Paulo, em mais uma noite violenta, foram registradas 13 mortes, cinco delas em Araraquara. Entre as vítimas na Grande São Paulo, dois policiais militares e um civil.
Pelo menos 12 pessoas foram assassinadas e 15 foram baleadas nas últimas horas em São Paulo, em uma onda de violência que também afeta o estado de Santa Catarina (sul), onde os criminosos incendiaram oito ônibus. Segundo fontes policiais, sete assassinatos foram registrados na Grande São Paulo, região que continua refém da onda de violência iniciada no último mês de outubro.
Pelo menos seis ônibus foram incendiados na quarta-feira (14) na Grande Florianópolis, em Santa Catarina. É a terceira noite consecutiva de violência que o Estado vive. Os ataques ocorreram dessa vez no bairro Ingleses, na capital catarinense e nas cidades de Tijucas e Palhoça. O fogo nos coletivos atingiu dois carros que estavam nas ruas. Uma base da Polícia Militar também foi atacada a tiros, além de uma central de videomonitoramento.