Do lado de dentro do Senado, os senadores que apoiam o impeachment alegam que "a voz das ruas" cobra a saída de Dilma Rousseff. Mas não é isso que dizem as imagens dos dois atos que acontecem, na noite desta segunda (29), na Esplanada dos Ministérios, em Brasília. Confira abaixo.
A bancada de deputados federais do PCdoB acompanhou o discurso da presidenta Dilma Rousseff no Senado Federal e reafirmou a denúncia de que está em curso um golpe. Os comunistas alertaram ainda que o golpe representa uma ameaça à democracia e aos avanços que o país obteve nos últimos anos.
Em resposta ao senador Aécio Neves, na sessão do impeachment no Senado, a presidenta eleita Dilma Rousseff denunciou que uma série de medidas políticas para desestabilizar seu governo foram tomadas desde a sua posse. E que apenas dois meses após sua recondução ao cargo, o impeachment começou a ser pautado pela oposição e pela mídia. Confira abaixo:
Dilma Rousseff rebateu o questionamento do senador Aloysio Nunes (PSDB-SP), sobre o motivo pelo qual a presidenta não "atalhou" o processo de impeachment recorrendo ao STF. A presidenta esclareceu que a responsabilidade Constitucional é do Senado, mas alertou sobre as consequências de se condenar um inocente. "Eu vim aqui porque eu respeito está instituição e se ela der este passo ela estará compactuando com esse golpe". "Me condenem e esse golpe será irreversível", alertou.
A senadora Vanessa Grazziotin (PCdoB-AM) avaliou positivamente o discurso da presidenta eleita Dilma Rousseff na sessão de julgamento de impeachment nesta segunda-feira (29) no Senado. E sobre as perguntas dos senadores, ela diz que também tem sido positivo, porque a acusação assume que não existe crime, mas única e exclusivamente elemento político para o pedido de afastamento da presidenta eleita por 54 milhões de votos do povo brasileiro.
A Confederação Nacional dos Trabalhadores em Estabelecimento de Ensino (Contee) lançou durante o seu 9º Congresso, ocorrido neste fim de semana em São Paulo, uma campanha para dizer não ao Projeto de Lei Escola sem Partido, também conhecido como "Lei da Mordaça". Caso provado, os professores serão proibidos de falarem sobre gênero, política, sexualidade e religião, além da perseguição aos movimentos sociais nos colégios.
O coordenador do Movimento dos Trabalhadores sem Teto (MTST), Guilherme Boulos, acompanha pessoalmente a defesa pessoal da presidenta Dilma Rousseff nesta segunda-feira (29), no Senado, e diz que a farsa do impeachment construída pelo parlamento brasileiro está clara."O debate passa longe dos argumentos legais e constitucionais", denuncia.
O senador Paulo Paim (PT-RS) disse que, ao cumprimentar a presidenta eleita em sua chegada ao Senado, recomendou a ela "alma, coração e vida". Emocionado, o parlamentar considera que o impeachment é uma agressão não a Dilma Rousseff, mas à democracia. "O ataque não é a ela, é a democracia", disse.
A presidenta Dilma Rousseff participa nesta segunda-feira (29) da sessão do Senado Federal que julga o pedido de impeachment de seu mandato – o que, na verdade, se trata de um golpe parlamentar, jurídico e midiático. A presidenta denunciará o golpe em curso e responderá a perguntas dos senadores.
O ator e escritor Gregório Duvivier, artista engajado na luta contra o golpe de Estado, interpretou na última terça-feira (23) o presidente ilegítimo Michel Temer. A presentação fez parte do evento "Canto a Democracia", ocorrido no Circo Voador, região central do Rio de Janeiro. Com bom humor e uma dose de sarcasmo, ele escreveu um poema para apresentar ao público. "Aos poucos aceitaram tudo aquilo que eu propunha, devo tudo nesta vida ao meu amigo Eduardo Cunha", ironizou.
Após ouvir cinco depoimentos, o julgamento final do processo de impeachment da presidenta Dilma Rousseff entra no seu terceiro dia neste sábado (27) com os depoimentos do ex-ministro da Fazenda Nelson Barbosa e do professor de direito da Universidade Estadual do Rio de Janeiro (Uerj) Ricardo Lodi Ribeiro.
Comissão de Mulheres Metalúrgicas do ABC lançou nesta semana revista temática sobre o alto índice de violência de gênero. Além de apresentar números alarmantes sobre casos de estupro no país, a edição traz reportagens que denunciam o machismo e também o racismo como causas de agressões e mortes de mulheres todos os anos no Brasil.